Pouco mais de seis meses, desde que a Santa Casa foi colocada sob intervenção judicial, continuam as ações do Ministério Público com o objetivo de reerguer administrativa e financeiramente a entidade.
Nessa terça-feira (30), foi recomendada pela promotora Clarissa Gobbo dos Santos a rescisão de contratos de prestação de serviço vigentes entre a entidade e o médico Bianco Cassiano Souza Couto e a empresa do profissional (Bianco Cassiano Souza Couto e Cia).
Dentre as considerações apresentadas para tal decisão, figuram questões graves, envolvendo inclusive ética médica.
Segundo o documento, no depoimento prestado pelo coordenador do Pronto Atendimento Municipal (PAM) ao MPMG, foram enfatizadas atitudes reprováveis do médico junto à Santa Casa no que tange a boicote na admissão de pacientes, já com leitos disponíveis. Deixando pacientes esperando no PAM por cerca de 12 horas sem motivo. A atitude de recusa de pacientes fere o código de ética médica.
Além disso, o Ministério Público considerou necessária a dispensa do médico devido à proximidade e estreito laço de amizade do mesmo com o ex-provedor do hospital, o médico Geraldo Couto.
Bianco Cassiano também recebeu honorários por meio da empresa GMC Saúde, de propriedade do ex-provedor.
O atual provedor da Santa Casa, Sidney Ferreira, recebeu o prazo de 24 horas para o cumprimento da determinação.
Dentre as determinações da promotora, está a notificação do Conselho Federal de Medicina sobre o caso, para que o órgão tome as devidas providências.
Confira o documento:
Matéria atualizada ás 12h23 de quarta-feira (1º)
Lorene Pedrosa