Recentemente, agora em julho de 2022, uma amiga na mídia social Facebook, Silvia Gabas, grande literária, publicou em seu perfil um brilhante texto que se inicia com a frase: “Eu adoraria poder amar a todos, tal como nos é pedido no âmbito das religiões do mundo.”

O texto foi também seguido de ótimos comentários de vários amigos da mesma mídia, entre eles o do Dr. Paulo Maciel que começa: “Como muitas pessoas se identificaram com estes pensamentos, aqui vale a reflexão de Freud que disse: “Quando Pedro me fala de João, sei mais de Pedro do que de João” para o autoconhecimento de todos nós!”

Valeria a pena ler o texto e seus comentários sobre as questões da convivência dos humanos e suas regras, porém permitam-me também fazer alguns destaques, tal como pinçamos de outros grandes escritores famosos.

 

Disse Gabas: “De longe, à distância, eu chego a acreditar, ingenuamente, que há alguma esperança para a tribo humana”…

“A verdade é que estou mais próxima da ira santa do que qualquer possibilidade de amor diante das notícias que chegam a respeito das atitudes dessa gente estranha”.

“Parabéns a todo aquele que, vivendo entre os homens, sente que está em casa, entre os seus.

Quanto a mim, cada vez mais dou ouvidos àquele pré-socrático que nos jardins em que habitava, avisou: – Se queres ser feliz, vive só.”

 

No que comentou Maciel entre outras colocações:

“A misantropia ou antropofobia envolve uma antipatia geral para com a humanidade e a sociedade…”

“Na área da saúde mental, esse conceito é considerado um transtorno muito discutido atualmente nas áreas da psicologia e das ciências sociais”.

“Aparentemente, eles não padecem de nenhum transtorno. Mas são indivíduos muito desconfiados, irônicos e sarcásticos…”

“Por outro lado, os estudiosos do tema creem que essas pessoas apresentam grande inteligência e criatividade…”

“Há ainda os que acreditam que a misantropia não é um problema e sim um “estilo de vida” ou uma característica da personalidade de alguém.””

 

Bem, sem querer dissecar o assunto apresento também algumas opiniões sobre o que chamam de misantropia, esta repulsa à sociedade humana.

Todo sentimento de repulsa vem de algo que não agrada em relação a um determinado objeto.  E esta repulsa pode ser graduada, ou seja, vai de uma afastamento e destruição total até um simples olhar de desagrado, ficando aí no meio uma série enorme de posições.

Entendo que todos em linha geral já se pegaram em situação de misantropia nas críticas generalizadas ao comportamento do ser humano, incluindo-se em muitas situações. Não se trata de comportamentos de um só indivíduo, mas repetitivos, feitos em várias épocas e locais por uma massa considerável, de forma quase que endêmica.

E o que vemos, que nos leva a aumentar a nossa graduação, é justamente o que vemos em nosso entorno constantemente.

A misantropia é retroalimentada em graduações pelo seu próprio objeto, que é o comportamento do ser humano.

Um resumo para uma grande autorreflexão e autoconhecimento. Alguém  já se viu nesta condição de misantropo?

 

 

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