Priscila Rocha

Há mais de um ano, moradores das ruas Carolina Justina Vilela e Enerstino Augusto da Costa, no bairro Bela Vista, buscam uma solução, junto à Prefeitura, para que um lote situado entre as duas vias (uma grande área) seja limpo e, com isso, terem as residências deles livres de escorpiões, aranhas, ratos e baratas.

Os moradores já recorreram a diversos órgãos em busca de solução e não tiveram êxito. Em dezembro de 2015, uma moradora procurou o Últimas Notícias com um Boletim de Ocorrência em mãos e um pote contendo um escorpião amarelo de tamanho considerável. Oito meses após, em agosto do ano passado, Paula Cristiane Nunes retornou ao jornal desesperada. Na ocasião, a moradora encontrou um escorpião na residência dela, próximo ao filho, hoje com pouco mais de 2 anos. Segundo Paula, a criança é alérgica e faz tratamento mensalmente em Divinópolis. “Se meu filho for picado por um animal peçonhento, ele não resiste”, disse.

 

Os moradores procuraram a Secretaria de Gestão Ambiental, solicitando que o proprietário do lote fosse notificado para realizar a limpeza do local, mas foram informados que o terreno está dentro de uma Área de Preservação Permanente (APP) por conter minas d’água. Dessa forma, eles recorreram ao Ministério Público, mas continuam sem solução.

Os moradores já tentaram de tudo para amenizar o problema. Uma das opções encontradas, que seria atear fogo no matagal para afastar os animais peçonhentos, foi reprovada pelo Corpo de Bombeiros devido ao risco do fogo se alastrar e atingir as residências. “O que nós moradores queremos é apenas que seja feita a limpeza dos lotes. A rua é cheia de crianças menores de 10 anos. Nós não temos sossego, pois  vivemos com medo de ver uma criança ser picada por um escorpião ou uma aranha. A maioria dos moradores está deixando as casas completamente fechadas para evitar que os animais entrem”, finalizou Paula.

No final do ano passado, Paula procurou o então prefeito Eduardo Brás que redigiu à mão um pedido para que a Secretaria de Gestão Ambiental averiguasse a situação, mas até hoje nada foi feito.

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