*Redação Últimas Notícias 

O Ministério Público de Formiga investiga se há relação entre o assassinato, a tiros, do jovem de 20 anos, José Reinaldo de Oliveira Júnior, com a realização do desfile do “Bloco do Manga”, na segunda-feira de carnaval (12), no Balneário Furnastur.

Antes da data do evento, a juíza de plantão, Juliana de Almeida Teixeira Goulart, da 1ª Vara da Comarca de Arcos, já havia negado, por duas vezes, a permissão para a realização da festa, atendendo ao pedido do MP, em razão do descumprimento no que tange à contratação de seguranças.

Na primeira tentativa de liberação do bloco, os organizadores não apresentaram nenhum tipo de comprovação de que estavam cumprindo tal exigência. Na segunda tentativa, também negada, foi apresentado o contrato com uma construtora, o que para a juíza, também não atendia ao que foi determinado.

Apenas na terceira tentativa dos organizadores em liberar a realização do evento, já no domingo à noite (11), foi apresentado à Justiça um contrato com uma empresa de segurança da cidade de Itapecerica para a disponibilização dos 20 seguranças exigidos.

De acordo com a promotora Clarissa Gobbo dos Santos, apesar da informação de que o desfile do bloco ocorreu horas antes do crime, é necessário investigar se a aglomeração que terminou com o registro de homicídio, só ocorreu devido à realização do bloco carnavalesco.

A organização

Ouvido sobre o fato, um dos organizadores do evento, Cláudio Versiani, explicou: “Todas as exigências feitas pelo Ministério Público e constantes da liminar concedida pelo Judiciário foram cumpridas na íntegra. Contratamos seguranças, ambulância e brigadistas, além de cumprirmos rigidamente com os horários estabelecidos. Tanto que o desfile do bloco só aconteceu na segunda-feira, das 16h às 18h, após recebermos autorização judicial”.

Polícia Militar

Na madrugada de segunda para terça-feira, ao tornar pública informações sobre o assassinato, a PM divulgou preliminarmente que o crime teria ocorrido durante a realização do desfile do bloco. Porém, essa informação foi retificada horas depois, quando foi informado que o fato havia sido registrado após o evento e que os envolvidos não haviam entrado no clube, onde o “Bloco do Manga” se apresentou.

Amafurnas

Foto: Divulgação

Ouvida, a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Furnastur (Amafurnas) Maria Elizabeth de Gouvêa, foi taxativa: “O que houve [o assassinato] não tem a menor ligação com o desfile do ‘Bloco do Manga’, que terminou às 18h. Aquele local, popularmente chamado de “Pagode do Manga”, sempre  reúne maior número de pessoas nos traz problemas. A avenida Jorge Norman Kutowa é estreita e  muito arborizada e com a falta de poda por parte da administração e ainda contando com iluminação pública mais que precária, tem sido palco de diversos eventos que acabam exigindo a presença da polícia para evitar maiores danos”.

Os problemas com a iluminação pública do balneário chegaram a ser tema de reclamações e denúncias nessa semana. 

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