Um estudo feito na Austrália e recém publicado no British Journal of Sports Medicine chegou à conclusão de que para cada hora de televisão assistida após os 25 anos, a vida da pessoa pode encurtar 22 minutos de vida. Dr. Lennert Veerman, um dos autores da pesquisa e professor da Universidade de Queensland, classifica a ação de assistir a horas seguidas de televisão como tão prejudicial para a saúde quanto a obesidade e o vício em tabaco.
A pesquisa se baseou em dados coletados nos anos de 1999 e 2000 com mais de 11 mil pessoas acima de 25 anos. Elas deveriam informar o tanto de tempo que passaram assistindo televisão na semana anterior ? isso quando assistir à TV fosse a atividade principal, ou seja, não quando se está cozinhando ou fazendo outra coisa com o aparelho ligado.

Os australianos assistem em média duas horas de televisão por dia. Pelas conclusões da pesquisa, isso significa um encurtamento de vida de 1,8 anos para os homens e 1,5 para as mulheres.
O problema de assistir à televisão é que é um período em que se passa sentado, o que está associado a uma maior probabilidade de risco de morte por doenças cardiovasculares por ser um momento em que não se faz nenhum tipo de esforço físico ? e essas horas diárias na televisão acabam somando na semana um grande tempo de ociosidade completa. ?Lógico que sabemos que exercício físico é bom para a saúde e então não é estranho que o inverso seja ruim?, disse Veerman.
Dormir com a TV ligada pode causar depressão
Um estudo da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, sugere que dormir com luzes acesas ? seja da televisão, do smartphone ou do corredor ? pode provocar problemas de saúde, como câncer de mama, distúrbios do sono, ganho de peso e até depressão.
A pesquisa, envolvendo 16 hamsters, estabeleceu uma ligação entre exposição à luz e depressão. No experimento, todos os animais passavam 16 horas por dia sob luzes fortes e, durante as oito horas restantes do dia, metade ficava na escuridão total e a outra metade ficava sob luzes luzes fracas, semelhante às emitidas por uma televisão ligada.
Após 8 semanas, os hamsters que estavam em constante exposição à luz tiveram o desempenho significantemente prejudicado em uma série de testes de humor ? por exemplo, eles beberam 20% menos açúcar que o resto do grupo e desistiam muito mais cedo em uma atividade de natação.
Além disso, os pesquisadores notaram diferenças no cérebro que indicaram menos comunicação entre as células nervosas, algo também observado em pessoas com depressão grave.
A explicação destas diferenças pode estar ligada à melatonina, que é produzida quando estamos no escuro. Com até mesmo a menor quantidade de luz durante a noite, o corpo libera a quantidade errada de melatonina. O hormônio age como um antioxidante, regulando nosso ciclo biológico e nos ajudando a adormecer, além de controlar a liberação de outros hormônios.

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