Uma moradora de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, é acusada de planejar a venda da própria filha. De acordo com o Conselho Tutelar da cidade, a mulher, de 32 anos, foi denunciada três vezes e encontrada na Santa Casa de São Sebastião da Grama, no interior de São Paulo, que fica a quase 100 km de Poços de Caldas.
Segundo o conselheiro tutelar João Alves da Silva, no último dia 11, a mulher, que já é conhecida pelo Conselho Tutelar e pela Justiça devido ao envolvimento com drogas e crimes, foi denunciada por uma policial militar. Imediatamente, todos os hospitais da cidade foram informados sobre o plano da suspeita. No dia seguinte, o conselho recebeu mais uma denúncia. Desta vez, o denunciante afirmou que um casal de Poços de Caldas havia levado a suspeita já em trabalho de parto para a cidade de Divinolândia, também no interior paulista. O conselho dessa cidade foi informado, mas a mulher não foi encontrada em nenhuma unidade de saúde. Porém, no outro dia, os conselheiros de Poços de Caldas foram informados que a suspeitava estaria em um hospital de São Sebastião da Grama, onde ela foi encontrada na companhia de duas senhoras, uma moradora de Poços de Caldas e de um japonês.
Conforme João Alves da Silva, duas conselheiras de Poços de Caldas foram até ao hospital, onde constataram que a mulher havia usado o nome e o cartão do SUS de uma das mulheres que a acompanhava. Ao ser questionada sobre os seus acompanhantes, inicialmente, a suspeita afirmou que o japonês era o pai da criança e que ele pretendia ficar com a menina, que seria levada para a cidade de Suzano, em São Paulo. No entanto, após longa conversa, a mulher confessou que foi orientada a dar um nome falso durante a entrada no hospital e que os seus acompanhantes haviam prometido pagar o parto e a sua laqueadura, que custaria em torno de R$ 3.300.
Ainda de acordo com João Alves da Silva, o japonês e a moradora de Poços de Caldas podem ser os receptadores. Todos os suspeitos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de São Sebastião da Grama, onde foram ouvidos e liberados. O delegado responsável pelo caso abriu inquérito para averiguar as denúncias.
O recém-nascido foi levado para um abrigo de Poços de Caldas e seu destino será decidido pela Justiça. Segundo o conselheiros João Alves da Silva, o mais provável é que a menina seja encaminhada para adoção.

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