Uma mulher de 41 anos foi executada após ordem do “tribunal do crime”, em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela teria furtado uma bicicleta, trocou por drogas com traficantes, mas depois o dono da “bike” foi cobrar o objeto.

Insatisfeitos com a situação, ao menos quatro homens decidiram matar a mulher. O gerente do tráfico no bairro Santa Maria, de 19 anos, é o suspeito de ordenar o homicídio, de acordo com a Polícia Militar. Ele ainda filmou a execução.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher foi dada como desaparecida na segunda-feira (24) após ser vista sendo levada pelos traficantes. Já na terça-feira (25), policiais foram informados de rastros de sangue em uma mineradora e um corpo na lagoa do empreendimento.

Denúncia anônima feita pelo número 181 apontava o jovem de 19 anos como o principal suspeito do crime com a ajuda de três comparsas. Toda a ação teria sido filmada e divulgada na região. Quando os militares chegaram até a lagoa da mineradora, relataram que o corpo “ainda estava em chamas”.

Como já conheciam o indivíduo, policiais foram até o endereço cadastrado. A avó do garoto permitiu a entrada da equipe, que flagrou o jovem tentando fugir pelo telhado. Após ser capturado, ele confessou que gravou a execução da mulher e que jogou pedras nela enquanto a vítima se debatia, mas que quem levou a mulher até o local foram outros três homens. O suspeito, ao chegar em casa, mostrou o vídeo do crime para a avó e outros familiares. Ainda confirmou que a corda usada no crime estava guardada no quarto.

Outro envolvido no crime, de 33 anos, disse que o grupo amarrou a mulher, jogou ela na lagoa e depois a apedrejaram. Horas depois do crime, o suspeito disse que o jovem de 19 anos procurava gasolina para atear fogo no cadáver e ocultar a identidade da vítima. Ele confessou que o crime foi motivado após o dono da bicicleta furtada pedir o objeto de volta.

A polícia foi até a casa de outros dois suspeitos, mas um deles conseguiu fugir. Uma mulher que estava no imóvel e avisou a dupla sobre a chegada das viaturas também foi presa.

 

Fonte: O Tempo

 

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