O governador Romeu Zema (Novo) sinalizou mais uma vez que pode vetar as modificações feitas pela Assembleia Legislativa (ALMG) no projeto que trata da recomposição salarial do funcionalismo. Nesta segunda-feira (4), ele afirmou que Minas “não têm um pote de ouro, mas um vagão de dívidas ou até um trem inteiro”.

Zema tinha proposto reajuste de 10,06% para todas as categorias. Entretanto, foi aprovada na quarta-feira (30), na ALMG, a recomposição salarial com diversos ajustes, incluindo acréscimo de 14% para a Segurança Pública e Saúde, além de 33,24% para a Educação.

“Gostaria muito de dar o reajuste para todo o funcionalismo público de 30% ou até mais. Se a Assembleia Legislativa nos mostrar de onde nós iremos retirar os recursos para poder pagar além dos 10% que nós propomos, eu sancionarei sim. Caso ela não mostre, eu não terei condições de sancionar. Eu não serei irresponsável como outros governos foram”, explicou o governador.

O texto aprovado pela Assembleia está com Zema desde quinta-feira (31). O prazo para que seja aprovado ou vetado é de 15 dias úteis, mas ainda não há posicionamento do governador sobre a decisão a ser tomada.

Por outro lado, ele confirmou o pagamento do reajuste retroativo a 1º de janeiro de 2022 para todas as categorias dos servidores públicos – no projeto original do governo, isso estava previsto apenas para as categorias da Educação, Segurança e Saúde.

Zema ainda falou sobre as dívidas de Minas com a União. O governador acredita que as liminares que suspendem o pagamento deverão ser derrubadas, tendo em vista que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) segue parado na ALMG e sem perspectiva de aprovação.

“A situação financeira do Estado é muito grave ainda. São R$ 140 bilhões de dívida com a União, dos quais eu ressalvo aqui R$ 40 bilhões vencidos que teremos que pagar em breve porque as liminares vão cair. Talvez essas pessoas que ainda vivem no mundo da fantasia não acordaram para a realidade. Não serei irresponsável”, afirmou Zema, ainda justificando o possível veto ao projeto de reajuste.

 

Fonte: Hoje em Dia

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