A Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou nessa quarta-feira (6) que 2018 foi o quarto ano mais quente da história, desde que as medições começaram a ser feitas há 140 anos.

As temperaturas globais em 2018 foram 0,83 graus Celsius mais quentes do que as médias de 1951 a 1980, segundo cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) da NASA em Nova York.

Globalmente, as temperaturas de 2018 ficaram abaixo das de 2016, 2017 e 2015. Os últimos cinco anos são, coletivamente, os anos mais quentes do histórico moderno. E 2016 foi o ano mais quente da história.

“2018 é mais um ano extremamente quente dentro de uma tendência de aquecimento global de longo prazo”, disse o diretor do GISS, Gavin Schmidt. Ainda segundo ele, esse aquecimento foi impulsionado em grande parte pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e outros gases causadores do efeito estufa causados ​​pelas atividades humanas.

Desde a década de 1880, a temperatura média da superfície global subiu cerca de 1 grau Celsius.

A dinâmica climática frequentemente afeta as temperaturas de uma maneira regional, portanto nem todas as regiões da Terra experimentaram quantidades similares de aquecimento.

As tendências de aquecimento são mais fortes na região do Ártico, onde 2018 viu a contínua perda de gelo marinho. Além disso, a perda de massa das mantas de gelo da Groenlândia e da Antártica continuou a contribuir para o aumento do nível do mar. O aumento das temperaturas também pode contribuir para temporadas de fogo mais longas e alguns eventos climáticos extremos, de acordo com Schmidt.

“Os impactos do aquecimento global de longo prazo já estão sendo sentidos – em inundações costeiras, ondas de calor, precipitação intensa e mudanças nos ecossistemas”, disse Gavin Schmidt- diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) da NASA.

Como é feita a medição

 Segundo a Nasa, as análises de temperatura usam medições da temperatura da superfície de 6.300 estações meteorológicas, observações baseadas em navios e boias das temperaturas da superfície do mar e medições de temperatura das estações de pesquisa da Antártica.

Essas medições são analisadas usando um algoritmo que considera o espaçamento variado de estações de temperatura ao redor do globo e os efeitos das ilhas de calor urbanas que poderiam distorcer as conclusões.

Acordo de Paris

 Em 2016, entrou em vigor o Acordo de Paris, acordo contra as mudanças climáticas que envolve todo o planeta. Ele visa limitar o aumento da temperatura média mundial para, no máximo, 2ºC até o fim do século.

Em dezembro de 2018, durante a COP 24, 197 países concordaram com o chamado “livro de regras” que governará a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas.

Para alcançar os objetivos do Acordo de Paris até 2030, os países do G20 devem triplicar seus esforços no controle das emissões de gases do efeito estufa, informa relatório da Organização das Nação Unidas (ONU).

Em junho de 2017, o presidente americano Donald Trump anunciou que os EUA deixariam o Acordo.

Durante a campanha eleitoral, em setembro, Jair Bolsonaro disse que, se eleito, poderia retirar o Brasil do Acordo de Paris. Porém, durante discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, declarou que por ora o Brasil não vai deixar o Acordo de Paris sobre o clima.

 

 

Fonte: G1 ||

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