A epidemia de dengue no Brasil pode estar com seus dias contados. Ao menos é o que afirmam pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que, na Universidade da Califórnia, nos EUA, desenvolveram um método para evitar a transmissão da doença, de uma forma natural, incapacitando as fêmeas do Aedes Aegypti de voar.
O método consiste em colocar o gene AeAct-4, que é essencial para o voo da fêmea, mas não do macho, em uma substância tóxica, somente sendo produzida quando o gene é ativado. Com isso, a fêmea normal, ao cruzar com um macho que contém a substância ativa, teria proles incapazes de voar, uma vez que certos músculos para a capacidade de voar das fêmeas dependem de uma proteína, a actina-4, cuja receita está contida no gene que é bem mais ativo nos mosquitos do sexo feminino.
Como entre os mosquitos dessa espécie são as fêmeas que picam os humanos e transmitem a doença, a proliferação da doença seria controlada. Na natureza, as fêmeas modificadas poderiam até morrer afogadas antes de deixar a água, onde passam a fase larval, mas em laboratório elas recebem um antídoto que lhes permite ter asas normais.

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