A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE), através da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), em parceria com a empresa pública federal CPRM – Serviço Geológico do Brasil, concluirá até o final de 2011 o levantamento aerogeofísico de alta resolução de 100% do seu território. Minas Gerais será o primeiro Estado da federação a oferecer um diferencial na atração de investimentos privados com todo o seu subsolo pesquisado por instrumentos de alta tecnologia. A pesquisa, que permitirá identificar novos locais de grande potencial para exploração mineral, será iniciada ainda neste ano, e abrangerá o total de 140.670 quilômetros em 100 municípios das regiões Nordeste, Noroeste, Sudeste e Sul de Minas.
O subsecretário de Desenvolvimento Minerometalúrgico e Política Energética da SEDE, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, explicou que o levantamento aerogeofísico, além de ser um instrumento para garantir o crescimento econômico, é um atrativo muito importante para o investidor em mineração. ?É uma informação básica, já que a atividade é de risco. Grande parte do boom mineral de Minas Gerais é resultado dos outros levantamentos aerogeofísicos já realizados?, enfatizou.
Paulo Sérgio Machado Ribeiro lembrou que as áreas que serão sobrevoadas são todas favoráveis. ?O que o Governo de Minas está procurando fazer é disponibilizar meios para o crescimento da atividade mineral e criar competitividade entre as empresas?, destacou, para esclarecer que o levantamento aerogeofísico favorece o pleno desempenho do setor, uma vez que a pesquisa identifica locais de maior potencial para a exploração, fornece subsídios à prospecção mineral, com redução dos custos e minimização do risco dos investimentos, em especial de minerais como ouro, níquel, diamante, fosfato, zinco, ferro e cobre.
Minas Gerais é o Estado brasileiro com as maiores jazidas minerais e grandes oportunidades de negócios. Para explorar bem essas riquezas, duas ferramentas são fundamentais: a pesquisa e a informação. Com a utilização de tecnologia de ponta, a Codemig e a CPRM iniciaram em 2001 a produção de informações aerogeofísicas, que estão à disposição de todo o setor de mineração. No primeiro ano, os dados são comercializados e somente no terceiro ano é que se tornam de domínio público.
O novo convênio firmado, no valor de R$ 12,5 milhões, cobrirá todas as áreas com perspectiva de mineração no Estado e se somará aos 371.543 quilômetros quadrados já mapeados e que exigiram investimentos da ordem de R$ 43 milhões. O trabalho será executado pelas vencedoras da licitação, as empresas empresas Fugro Lasa Geomagro e MicroSurvey Aerogeofísica e Consultoria Cientifica Ltda., ambas do Rio de Janeiro.
Com o novo levantamento aerogeofísico, a expectativa é de que sejam descobertos no Sudeste e Sul mineiros (área 14) sulfetos, ouro, manganês, estanho, nióbio e tântalo. A região Noroeste (área 15) é considerada carente de informações geológicas e os próprios técnicos da CPRM afirmam que pode haver surpresas com as pesquisas. Já na área 16, situada na região Nordeste, as probabilidades indicam para a existência de pedras coradas, como água marinha e turmalina, e ainda minerais de lítio, granitos ornamentais e grafita.
As análises são feitas com equipamentos de magnetometria e gamaespectrometria instalados em um avião que faz uma série de vôos em linhas retas paralelas, a 100 metros de altura, sobre a área alvo do estudo. De sete em sete metros, o aparelho faz uma leitura. Onde há alteração magnética, fica registrado, mostrando que há uma reserva mineral. O resultado do levantamento fornece informações básicas sobre a composição mineral da superfície das regiões sobrevoadas.

Quadrilátero Ferrífero
Por outro, a CPRM iniciou o processo de licitação para realizar um novo levantamento aerogeofísico no Quadrilátero Ferrífero abrangendo os municípios de Nova Lima, Rio Acima, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Sabará e Raposos. A pesquisa será realizada com uma nova metodologia (canadense, americana e australiana) e usando uma tecnologia mais moderna. O objetivo é testar o novo método, com alcance maior, em região já conhecida, para fazer um estudo piloto.

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