O número de trabalhadores domésticos no mundo cresceu 58,4% de 1995 até 2010, chegando a 52,6 milhões, de acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no relatório intitulado Trabalhadores Domésticos no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (9).
Em 1995, os trabalhadores domésticos no mundo somavam 33,2 milhões, ou 19,4 milhões a menos do que em 2010. Os números não incluem os trabalhadores domésticos menores de 15 anos, que somam aproximadamente 7,4 milhões.
Para calcular o número de trabalhadores domésticos a organização usou estatísticas oficias de 117 países e territórios. A título de comparação, em outro relatório, a OIT estima que o total de trabalhadores no mundo em 2012 tenha ficado pouco acima de 3 bilhões de pessoas.
O total de trabalhadores domésticos responde sozinho, pela força de trabalho correspondente à de países como México ou Nigéria, informou a OIT.
O relatório mostra ainda que 83% do total de trabalhadores domésticos no mundo são mulheres. Em países do Oriente Médio, uma em cada cinco trabalhadoras é doméstica. Em escala mundial, o trabalho doméstico representa 7,5% do emprego assalariado das mulheres.
O maior número de trabalhadores domésticos foi encontrado na Ásia e no Pacífico, com 21,4 milhões de pessoas. Na sequência, vêm América Latina e Caribe (em torno de 19 milhões), África (próximo a 5 milhões), países desenvolvidos – na classificação da OIT – (quase 3 milhões) e Oriente Médio (pouco mais de 2 milhões).
Apenas 5,3 milhões de trabalhadores domésticos do mundo (o equivalente a 10% do total) são abrigados pela legislação trabalhista no mesmo nível que os demais empregados.
Há mais casos em que os trabalhadores domésticos estão excluídos por completo do alcance da legislação laboral: 15,7 milhões (29,9%). O restante dos trabalhadores, segundo o relatório, está em uma situação de proteção intermediária, em que há proteção trabalhista limitada.
Atualmente, os trabalhadores domésticos muitas vezes suportam salários muito baixos, horas de trabalho excessivas, dia de descanso semanal não garantido e em algumas ocasiões enfrentam situações de vulnerabilidade frente a abusos físicos, mentais e sexuais ou limitações de sua liberdade de movimentação, diz o relatório da OIT.

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