Número de ?localizados? pela Polícia Civil aumenta 46%

Sucesso nas investigações de casos chega a 90%, afirma chefe da Delegacia Especializada.

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Sucesso nas investigações de casos chega a 90%, afirma chefe da Delegacia Especializada.

Fotos de pessoas desaparecidas estampadas em jornais, contas de água, luz e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por exemplo, estão ajudando a Polícia Civil de Minas Gerais a aumentar a taxa de cidadãos encontrados no Estado. De 2012 para 2014, o número de localizados cresceu 46% ? de 3.301 para 4.822. No mesmo período, o número de ocorrências de pessoas desaparecidas caiu 12,4% ? de 12.540 para 10.973.

Chefe da Delegacia Especializada de Localização de Pessoas Desaparecidas, o delegado Dagoberto Batista explicou que uma assessoria criada há cerca de dois anos pela Polícia Civil para trabalhar na divulgação de fotos de pessoas com paradeiro desconhecido já conta com cerca de 2.000 parceiros em todo o país. ?Isso ajuda muito na localização, principalmente dos desaparecidos que têm doença mental e necessidades especiais?, avalia.

No entanto, Batista garante que o número de pessoas encontradas é maior do que o contabilizado nas estatísticas e chega a 90%. ?O sistema fica subnotificado?, diz Batista, porque o familiar registra ocorrência do sumiço e, em muitos casos, não informa à polícia quando o parente reaparece.

Entraves
De acordo com ele, duas questões dificultam para que a solução dos casos de desaparecimento alcance 100% ? o fato de algumas pessoas sumirem por vontade própria, sendo encontradas apenas se cometerem algum crime; e os casos em que parentes não cooperam com a polícia passando informações, documentos e detalhes sobre o sumiço. O delegado ressaltou que, também para aumentar as chances de sucesso da investigação, a família do desaparecido deve recorrer à polícia assim que perceber o sumiço, sem precisar esperar 24 horas, ao contrário do que muita gente pensa.

A partir da queixa, a polícia inicia a procura. O ponto inicial são as informações repassadas pela família, que, segundo o delegado, também é responsável por fornecer documentos, detalhes sobre costumes e características físicas do parente, além de exames como radiografias, que podem ser úteis para que peritos realizem o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML).
Em oito anos, ONG ajudou 5.000 pessoas

A ONG Gente Buscando Gente, que ajuda familiares a procurar por pessoas desaparecidas, recebeu 5.000 pedidos de ajuda nos últimos oito anos. ?Tento entrar em contato com o delegado do caso para saber se a família pode divulgar o desaparecimento em redes sociais. Às vezes a polícia pede para esperar?, explica Carlos Rodrigues, diretor da instituição, com sede em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

O contato com a ONG pode ser feito por meio do sitewww.gentebuscandogente.org.br.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Número de ‘localizados’ pela Polícia Civil aumenta 46%

Sucesso nas investigações de casos chega a 90%, afirma chefe da Delegacia Especializada.

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Sucesso nas investigações de casos chega a 90%, afirma chefe da Delegacia Especializada.

 

Fotos de pessoas desaparecidas estampadas em jornais, contas de água, luz e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por exemplo, estão ajudando a Polícia Civil de Minas Gerais a aumentar a taxa de cidadãos encontrados no Estado. De 2012 para 2014, o número de localizados cresceu 46% – de 3.301 para 4.822. No mesmo período, o número de ocorrências de pessoas desaparecidas caiu 12,4% – de 12.540 para 10.973.

Chefe da Delegacia Especializada de Localização de Pessoas Desaparecidas, o delegado Dagoberto Batista explicou que uma assessoria criada há cerca de dois anos pela Polícia Civil para trabalhar na divulgação de fotos de pessoas com paradeiro desconhecido já conta com cerca de 2.000 parceiros em todo o país. “Isso ajuda muito na localização, principalmente dos desaparecidos que têm doença mental e necessidades especiais”, avalia.

No entanto, Batista garante que o número de pessoas encontradas é maior do que o contabilizado nas estatísticas e chega a 90%. “O sistema fica subnotificado”, diz Batista, porque o familiar registra ocorrência do sumiço e, em muitos casos, não informa à polícia quando o parente reaparece.

 

Entraves

De acordo com ele, duas questões dificultam para que a solução dos casos de desaparecimento alcance 100% – o fato de algumas pessoas sumirem por vontade própria, sendo encontradas apenas se cometerem algum crime; e os casos em que parentes não cooperam com a polícia passando informações, documentos e detalhes sobre o sumiço. O delegado ressaltou que, também para aumentar as chances de sucesso da investigação, a família do desaparecido deve recorrer à polícia assim que perceber o sumiço, sem precisar esperar 24 horas, ao contrário do que muita gente pensa.

A partir da queixa, a polícia inicia a procura. O ponto inicial são as informações repassadas pela família, que, segundo o delegado, também é responsável por fornecer documentos, detalhes sobre costumes e características físicas do parente, além de exames como radiografias, que podem ser úteis para que peritos realizem o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML).

Em oito anos, ONG ajudou 5.000 pessoas

A ONG Gente Buscando Gente, que ajuda familiares a procurar por pessoas desaparecidas, recebeu 5.000 pedidos de ajuda nos últimos oito anos. “Tento entrar em contato com o delegado do caso para saber se a família pode divulgar o desaparecimento em redes sociais. Às vezes a polícia pede para esperar”, explica Carlos Rodrigues, diretor da instituição, com sede em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

O contato com a ONG pode ser feito por meio do site www.gentebuscandogente.org.br.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.