Provavelmente, esta é a pergunta que permeia as cabeças daqueles que ao vivo ou por meio da internet; acompanharam a reunião ordinária do Legislativo formiguense na segunda-feira (18).

Ocorre que um projeto de lei que passou pelo crivo de uma Comissão Especial e foi aprovado por unanimidade em plenário e contou, inclusive, com o apoio do presidente da Casa, Evandro Donizeth que declarou que se pudesse votar, também o aprovaria, acabou sendo vetado pelo prefeito Eugênio Vilela. O chefe do Executivo elencou algumas razões de ordem jurídica e econômica para vetá-lo, embora houvesse antes, afirmado que o sancionaria.

Estabelecido o impasse, o presidente do Legislativo designou outros membros para comporem uma nova Comissão Especial que deverá analisar o veto e emitir um novo parecer, acatando-o ou derrubando-o.
E é exatamente aqui, que reside a dúvida, pois, se os componentes da base governamental, que aprovaram o projeto há poucos dias, resolverem agora, voltar atrás em suas convicções e apoiarem o veto, como explicarão a inusitada conduta a seus eleitores?

Em assim procedendo, eles estariam ou não, dando sinais de que as tais comissões e eles próprios erraram feio ao atestarem a constitucionalidade do tal projeto? Seriam ou não vistos como “pouco confiáveis” no que toca à discussão de matérias legislativas, razão principal de seus cargos?

E se por outro lado, as comissões e o plenário que eles compõem derrubarem o veto? Quantos deles estariam, ou não, se expondo de forma pouco aconselhável junto à alta cúpula do Executivo e assim sendo, quem sabe, colocando em risco ou retardando o encaminhamento de providências ou reivindicações que corriqueiramente apresentam? Todos ali sabem que dependem do Executivo para serem atendidos! Eles, melhor que ninguém, sabem que nos governos democráticos de coalizão, para os “da casa” os caminhos são sempre mais curtos… Não é vero?

Pelo sim ou pelo não, fazendo aqui menção a uma frase que essa semana ecoou com muita força no Legislativo, em breve saberemos quantas calças (ou quem sabe saias) por lá estarão arriadas. Isto sem nos esquecermos de que não faz muito tempo, já houve ali mesmo um veto que, por inciativa do próprio prefeito, acabou “desvetado”.

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