Já que perderam o prazo da Justiça Eleitoral para se tornarem aptos a disputar a sucessão municipal de 2012, os partidos políticos sem registro vão, a partir de agora, intensificar a busca por assinaturas de apoio. Outra frente de trabalho é afinar as estratégias para conseguir filiados. Em Minas Gerais, oito legendas não formalizadas estão em fase de constituição. Elas traçam planos para o Estado e priorizam algumas regiões.
Entre as novidades que podem surgir na política brasileira é o Partido do Meio Ambiente (PMA), que tenta pegar a onda verde. Nossa intenção visa às eleições de 2014, garantiu o presidente da sigla, Jurandir Silvério. Faltando 260 mil assinaturas de apoio, com otimismo, segundo ele, o registro deve sair no primeiro semestre de 2012. Em Minas, as ações para alcançar a meta estão concentradas no Sul, onde estão as principais esperanças eleitorais, Leste e Vale do Aço.
No Partido Republicano da Ordem Social (PROS), a segunda etapa da coleta de assinaturas também vai se concentrar em Minas, um dos dez Estados onde a sigla deu entrada para conseguir se registrar. O presidente nacional, Eurípedes Júnior, diz que a intenção é, depois de obtidas as cerca de 240 mil assinaturas restantes, realizar uma discussão interna para definir se vão dar entrada no protocolo antes ou depois do pleito de 2012.
Segundo ele, a tendência é deixar passar as eleições para evitar possíveis desistências e conseguir filiados já com cargos eletivos. Já estando eleito, não tem perigo nenhum de cometer infidelidade, disse.
Imbróglio
As costuras políticas, porém, não estão no foco do Partido Cristão (PC), outra sigla à espera de registro. Apesar de pretender ampliar os postos de coleta de assinaturas no Estado, onde já teriam sido coletadas 30 mil, a situação foi parar na Justiça Eleitoral. A sigla estuda entrar com recurso contra o indeferimento da formalização pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A lei não garante a igualdade de oportunidade para todos, avaliou o dirigente nacional do PC, Ronaldo Morenno. Segundo ele, o pedido de registro foi feito em setembro com 300 mil adesões, valor inferior ao exigido pela lei. Agora, os advogados vão recorrer à Justiça Federal ou ao Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar essa exigência.
A ideia, em caso de sucesso, será formar chapa de vereadores em Belo Horizonte.

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