A Polícia Civil de São Paulo já efetuou oito dos dez mandados de prisão expedidos contra suspeitos de pertencerem a quadrilha que desviava medicamentos, a maioria para tratamento de câncer, dos hospitais de São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado, os criminosos roubavam os remédios do sistema público de saúde e os revendiam para hospitais e clínicas particulares de todo o Brasil.
Em um ano, o governo paulista teve um prejuízo de R$ 20 milhões, de acordo com a investigação dos policiais que participam da Operação Medula. Ação foi deflagrada nesta sexta-feira (18) pela manhã para combater o desvio de medicamentos.
Nas casas dos acusados foram encontradas grandes quantidades de remédios. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai investigar o caso para saber quais eram as clínicas e hospitais que compravam esses remédios.
Segundo a polícia, 13 distribuidoras de remédios e funcionários públicos estão envolvidos no esquema. Cerca de 50 cidades de 20 estados mais o Distrito Federal eram abastecidos pelos medicamentos desviados de São Paulo. O trabalho da polícia começou há 3 meses, após a descoberta de um desvio de um medicamento usado no tratamento de leucemia.
Já foram apreendidos, nesta sexta, 60 frascos de um remédio para tratamento de câncer, avaliados em R$ 480 mil.
De acordo com a secretaria, o medicamento apreendido é o Mabtera (cada frasco custa, em média, R$ 8 mil). Segundo o órgão, o produto estava em São Caetano do Sul, no ABC, numa casa na Rua Machado de Assis. O imóvel seria de uma das pessoas que estavam sendo procuradas. O suspeito foi preso.
Segundo a secretaria, os envolvidos praticaram crimes de furto, roubo e desvio de medicamentos. O balanço da ação será divulgado nesta manhã no 96º Distrito Policial, no Brooklin, na Zona Sul da capital.

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