O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (9) que o “pânico” com o coronavírus não é “compatível com a realidade”.

O Brasil tem 25 casos confirmados de Covid-19 e ainda não registrou mortes. Nesta segunda, a China anunciou que registrou o menor número diário de infecções pelo novo coronavírus, enquanto um quarto da população da Itália está em quarentena por causa da doença.

Mourão está no exercício da Presidência da República em razão da viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Nesta segunda, ele foi perguntado sobre como vê a reação do mercado, com quedas de bolsas de valores em todo o mundo, em relação ao coronavírus.

“É lógico, sempre tem que se preocupar. Não é uma questão de você chegar e dizer ‘não, não, está tudo muito bem’. Não está muito bem, mas é uma questão transitória. A gente sabe que essa é a primeira epidemia da internet, por isso que existe, vamos colocar assim, um pânico que não é compatível com a realidade. Apesar de ter havido mortes e tal e coisa, vamos olhar só aqui no Brasil quantas pessoas de morreram de dengue esse ano e ninguém comentou?”, respondeu Mourão.

Para o vice-presidente, o equilíbrio dos mercados deve se restabelecer depois que a situação na China, epicentro do surto de coronavírus, tiver sido controlada.
“Então no momento em que a atividade econômica está caindo porque as pessoas estão deixando de trabalhar, principalmente nos países que são motor da econômica mundial, como a China, é uma situação normal, transitória e que acredito que em mais dois meses, a partir do momento em que a situação da China melhorar, os mercados vão se reequilibrar”, completou o vice-presidente.

Queda no preço do petróleo

Mourão também comentou a forte queda no preço do petróleo no mercado mundial. A cotação do barril desabou nesta segunda, a maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991). O preço chegou perto de US$ 30 por barril.

Para Mourão, apesar da queda “bem abrupta”, a oscilação no valor do petróleo será “transitória”.

“Isso aí está de acordo com a política de preços da Petrobras. Essa oscilação do barril a gente também sabe que é transitória, foi uma queda bem abrupta, o barril hoje está abaixo de US$ 40. Então, vamos ver qual será a reação que a Petrobras vai colocar aí”, afirmou o presidente em exercício.

 

Fonte: G1||
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