Passar boa parte do nosso tempo sentado é tão comum que pouca gente reflete sobre os efeitos negativos que o ato pode trazer para a saúde. E o problema não é só para a coluna, apesar dessa ser a primeira coisa que passa pela cabeça quando se pensa na questão.
Ao fazer uma pesquisa rápida sobre o assunto você vai perceber que a comunidade científica já associou o ato de ficar sentado por muito tempo a problemas cardíacos, circulatórios, aumento na incidência de infartos, diabetes e até com à diminuição do tempo de vida.
Se, mesmo com essas informações, você pensou que o assunto não é tão sério, faça as contas. Oito horas diárias sentado no escritório, mais o tempo que você gasta dirigindo, no ônibus ou no metrô indo e voltando para casa, além das horas sentado no sofá ou usando o computador, tudo isso junto é muito mais do que os seus avós costumavam passar sentados e é bem mais do que especialistas acreditam que deveríamos fazer.
Uma publicação, de 2012, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, analisou dados sobre longas horas na posição, tirados de 18 estudos envolvendo mais de 794 mil pessoas. A análise mostrou que as pessoas têm o costume de gastar entre 50% e 70% do tempo sentadas. Os pesquisadores ainda concluíram que quem mais ficava assim tinha um aumento de 112% nas chances de ter diabetes, 147% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares e a probabilidade 49% maior de morrer prematuramente ? mesmo quando eles se exercitavam regularmente.
Um vídeo, patrocinado por uma empresa fabricante de cadeiras ergométricas, faz um alerta para a situação e deixa claro que, mesmo levando uma vida com atividades físicas diárias, mais de 10 horas na mesma posição é um problema extremamente comum e sério. A produção também mostra soluções para evitar os danos à saúde causados pela inatividade, como levantar (e se movimentar) a cada meia hora ou fazer alguns alongamentos periodicamente.
Uma das raízes do problema é que a inatividade muscular pode interferir em importantes processos do corpo. Pesquisadores da Universidade de Leicester acreditam que ela aumente em 73% a chance de desenvolvimento da chamada síndrome metabólica. A base desse problema é a resistência insulínica ? que é a dificuldade encontrada pela insulina de retirar a glicose do sangue ou processar gorduras. O resultado disso pode ser a hipertensão, aumento de glicose e queda do colesterol bom (aquele que evita a formação de placas de gordura nas artérias).

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