A terceira rodada da pesquisa do instituto Datatempo mostra que, a menos de um ano da eleição, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se mantém isolado na disputa pela reeleição, seguido de longe pelo principal adversário, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). 

A pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores, mostra que os dois possíveis candidatos cresceram dentro da margem de erro na comparação com a pesquisa realizada em setembro, mas, neste momento, Zema venceria no primeiro turno com 56,22% dos votos válidos, contra 28,06% de Kalil – neste cálculo, são excluídos os votos brancos e nulos, além dos indecisos.

Os bons resultados de Zema podem ser explicados pelas viagens que mantém pelo interior do Estado desde maio. Kalil ainda passa a maior parte do tempo na capital, embora já tenha viajado para Alfenas, Uberaba e Patrocínio.

Zema aparece com 45,1% das intenções de voto, o que representa o retorno a um patamar similar ao registrado na pesquisa de julho, quando ele tinha 46,2% das intenções de voto. Já Kalil oscilou positivamente e tem 22,5% das intenções de voto. Em setembro, ele tinha 19,1% e, em julho, 18,8%. Todas as variações do prefeito estão dentro da margem de erro, o que demonstra estabilidade nas intenções de voto dele.

O terceiro lugar na disputa pelo governo de Minas é ocupado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Ele foi escolhido por 5,3% dos entrevistados, índice similar ao da última pesquisa, em setembro (5%). Pacheco, no entanto, é mais cotado para disputar a Presidência da República – o presidente do PSD, Gilberto Kassab, já o convidou publicamente para disputar o cargo.

Em seguida na disputa pelo governo de Minas, aparecem Reginaldo Lopes (PT), com 2,9%; Áurea Carolina (PSOL), com 2,6%; e o vice-governador do Estado, Paulo Brant, recém-filiado ao PSDB com 1,9%. Entre os entrevistados, 10,1% disseram que votariam branco ou nulo. Outros 9,6% não souberam ou não responderam.

Segundo turno

Se a eleição fosse para segundo turno, Zema também levaria vantagem sobre Kalil. Segundo o Datatempo, o governador teria 52% dos votos contra 32,2% do prefeito. A vantagem de Zema é de 19,8 pontos percentuais, maior do que a da pesquisa realizada em setembro, quando era de 15,2 pontos percentuais. Há dois meses, o governador tinha 50,8% das intenções de voto contra 35,6% do prefeito.

Em setembro, 7,7% dos entrevistados disseram que votariam nulo ou em branco. Esse índice, agora, é de 9,3%. Na última pesquisa, 5,9% não souberam ou não responderam. Atualmente, eles são 6,6%.

Kalil e Zema ganhariam de Pacheco

O governador Romeu Zema (Novo) seria reeleito com tranquilidade caso enfrentasse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), em um eventual segundo turno.

De acordo com pesquisaDatatempo, Zema tem 58,9% das intenções de voto neste cenário, contra 18,8% de Pacheco. Os eleitores que votariam em branco ou nulo somam 13,8%. Não souberam ou não responderam 8,6% deles. 

Embora improvável neste momento, já que pertencem ao mesmo partido, o prefeito Alexandre Kalil também venceria o presidente do Senado. Ele aparece com 47,7% das intenções de voto, contra 20,3% da preferência pelo senador. Aqueles que votariam branco ou nulo são 20,9%, e os que não sabem ou não responderam são 11,1%.

Diferenças geográficas

O governador Romeu Zema se mantém na liderança em todas as regiões de Minas, com exceção da região Metropolitana, justamente o único local onde Kalil tem mais votos do que o governador.

Segundo a coordenadora da pesquisa Datatempo, Audrey Dias, esta divisão fica mais clara a cada rodada do levantamento, mas pode se alterar à medida em que Kalil se tornar mais conhecido no interior de Minas Gerais.

“Essa manutenção de alguns resultados, em especial em relação ao voto em Kalil, pode estar relacionada ao ainda grande desconhecimento do candidato em outras áreas do estado. Conforme a campanha avançar e ficar mais claro ao eleitor os candidatos, pode ser que haja uma variação maior dos próximos resultados”, avaliou a cientista política.

Dados.  A pesquisa foi feita entre 29 de outubro e 3 de novembro. Foram 1.402 entrevistas em todas as regiões do Estado. A margem de erro é de 2,62%, e o nível de confiança, 95%.

Fonte: O Tempo

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