Um visita inusitada fez a alegria dos banhistas da praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, na última semana. O pinguim, da espécie pinguim-de-magalhães, ganhou até mesmo um apelido: Zé. Mas a felicidade durou pouco. Zé morreu intoxicado, na última quinta-feira (29), após comer um baiacu.
A aparição de pinguins no litoral brasileiro é comum no inverno. Entre junho e julho, os animais, que passam a maior parte do ano na costa Argentina, seguem as correntes marítimas frias até as praias do sul e sudeste. Segundo o Instituto Argonautas, que monitora a movimentação das espécies no litoral de São Paulo, o Brasil recebe uma média de cem pinguins por ano.
Segundo o diretor do Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes, o pinguim que apareceu no arpoador era um filhote e aparentava estar há mais de um dia no local. “O pinguim estava completamente adaptado ao Arpoador. Vinham grupos de nadadores que nadam cedo, pela manhã, e se aproximavam dele. Ele circulava entre eles, tirava selfie, deitava no colo“, disse em entrevista à Folha de São Paulo.
Ricardo testemunhou o momento em que o pinguim comeu o baiacu e morreu. “Eu filmava com o celular quando ele mergulhou e subiu com um baiacu. Ele espetou até furar, para desinflá-lo, e engoliu o baiacu. Fui para casa e quando voltei, ele estava estirado na pedra do Arpoador. O pessoal ainda tentou reanimá-lo para ver se o baiacu saía, mas não saiu“, contou.
Apesar da curiosidade, a recomendação é que os banhistas não interajam com os animais. O pinguim é um animal selvagem e pode transmitir doenças.
Fonte: Itatiaia