O 63º Batalhão da Polícia Militar deu início às atividades de Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica em Formiga nesta sexta-feira (25). A ação será estendida também para todas as cidades de responsabilidade territorial da unidade como Córrego Fundo, Pimenta, Arcos, Pains, Iguatama, Bambuí, Medeiros, Tapiraí, Itapecerica, Camacho e São Sebastião do Oeste.
É fato que os casos de feminicídio resultam de um histórico de agressões anteriores, pois a violência doméstica pode ser dividida em três fases: a primeira, chamada de fase de tensão, quando ocorrem insultos, provocações e outros; a segunda fase consiste no episódio agudo de violência, ou seja, a agressão em si e a terceira fase, na lua de mel, pois após este episódio violento, muitos casais tendem a se reconciliar, mas sem resolver definitivamente o caso, de modo que pouco depois inicia-se novamente o ciclo, entrando na fase de tensão que culminará em nova agressão.
Pensando nisso, a PMMG desenvolveu o serviço de Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD), que se apresenta como variante operacional, qualificada por policiais militares que prestam serviço de proteção à vítima real ou potencial, e têm a missão de desestimular ações criminosas no ambiente domiciliar, interrompendo este ciclo vicioso.
Em Formiga, esta atuação será feita pela equipe que atua no patrulhamento comunitário e, para tanto, já foram levantados os casos em que há medida protetiva em favor de vítimas de violência doméstica, que serão visitadas pelos militares, para identificação dos casos de maior probabilidade de novas agressões, para acompanhamento, apoio e encaminhamento. Um homem foi preso já no primeiro dia de atuação do 63º Batalhão.
O chefe da Seção de Emprego Operacional do 63º Batalhão, tenente Rodrigo, explicou que a PM já queria implantar esse serviço na área do Batalhão e a ocorrência de feminicídio registrada no início deste ano, em Formiga, mostrou que não era viável aguardar a chegada de novos policiais para dar início a esse acompanhamento às mulheres vítimas de violência doméstica.
“Iremos desdobrar o efetivo disponível e trabalhar com maior eficiência para darmos a melhor atenção possível ao caso, não só em Formiga, mas em todas as cidades da unidade. Para isso, iremos contar ainda com os demais órgãos públicos que podem auxiliar a diminuir esses problemas, como por exemplo, com apoio psicológico ou social aos envolvidos”, disse.
Fonte: Polícia Militar||