Dois policiais militares foram indiciados pela Polícia Civil, nessa quarta-feira (16), por estupro de vulnerável. Eles são acusados do crime por uma mulher, de 20 anos, que pegou carona na viatura deles em Diadema, na Grande São Paulo, no último dia 3 de março, durante o Carnaval.

O indiciamento é a etapa do inquérito em que a polícia conclui haver indícios do crime para a acusação formal.

Na noite de 3 de março, os dois policiais foram presos por descumprimento de missão, após abandonarem seus postos de trabalho, em Diadema, sem autorização ou justificativa, para dar carona à jovem até a capital paulista. À Polícia Civil, ela disse, em depoimento, ter sido abusada sexualmente por ambos dentro da viatura.

Na quarta (16), a Polícia Civil concluiu que há indícios suficientes para dar encaminhamento ao processo. Em depoimento à Polícia Civil, nessa quarta, no Presídio Militar Romão Gomes, eles negaram o crime.

O laudo de IML para constatar conjunção carnal foi inconclusivo, mas os investigadores do 26º DP (Sacomã) consideram o depoimento detalhado da jovem logo após o crime.

A polícia também quer saber por que as câmeras corporais dos PMs ficaram cerca de 20 minutos desligadas enquanto a jovem estava na viatura.

O celular que ela usou para gravar os vídeos que enviou à família enquanto estava na viatura sumiu. A polícia investiga se ele foi jogado no Rio Tamanduateí. Enquanto as câmeras ficaram ligadas, foi registrado o momento em que um dos PMs joga a bolsa da jovem pela janela.

Ela disse no depoimento que os policiais consumiram bebida alcoólica, o que eles dizem ser mentira, e que, na verdade, bebiam energético. A Polícia Civil ainda aguarda o envio de todas as imagens das câmeras corporais.

 

Fonte: Yuri Cavalieri-Itatiaia

 

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