A Polícia Civil abriu, nesta quarta-feira (11), um inquérito para investigar o caso de um menino de dois anos que tomou ácido, em vez de um sedativo, e teve queimaduras de terceiro grau na boca, garganta e esôfago. Uma técnica de enfermagem foi afastada suspeita de ter cometido o erro em um hospital infantil em Belo Horizonte.
A Polícia Civil ouvirá o depoimento de algumas testemunhas, pedirá os registros de atendimento hospitalar e vai pedir os frascos dos medicamentos usados pelo menino.
A criança foi transferida para o Hospital Felício Rocho e, nesta quarta-feira, passou por uma cirurgia e os médicos introduziram uma sonda diretamente no estômago e foi constatado um estreitamento da traqueia. Com isso, foi feita uma traqueostomia ? abertura no pescoço ? para a introdução de uma sonda gástrica. O paciente está se alimentando apenas com líquido.
A criança caiu em casa, bateu a cabeça no muro e foi para um hospital na Região Leste de Belo Horizonte. Ela se preparava para passar por uma tomografia e, segundo a direção da unidade, uma técnica de enfermagem deu um ácido usado em cauterizações em vez de sedativo.
Segundo o boletim de ocorrência, o menino recebeu tratamento como se estivesse sofrendo uma reação alérgica e foi liberado. Horas depois, de volta ao hospital, diretores reconheceram o erro.
A direção do Hospital São Camilo informou que as duas medicações têm embalagens muito parecidas e admitiu que elas estavam armazenadas próximas. De acordo com a Vigilância Sanitária, ácidos e sustâncias que representem risco à saúde têm que ficar guardados em locais diferentes de outros remédios.
A direção do Hospital São Camilo lamentou o fato. A técnica em enfermagem, que teria trocado os frascos de medicamentos, foi afastada temporariamente do serviço.

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