A Polícia Civil de Minas Gerais, nessa quinta-feira (2), realizou a operação Loki, que resultou na prisão de quatro pessoas e no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão.

Os investigados estariam envolvidos em um esquema criminoso voltado para falsificação de laudos toxicológicos utilizados em renovação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH’s). As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Itabira, Belo Horizonte, Barão de Cocais, Contagem, Pedro Leopoldo e Ouro Preto.

O delegado regional Helton Cota conta que, durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais, como aparelhos telefônicos e computadores. “O inquérito policial está repleto de provas. Nós vamos concluí-lo nos próximos dez dias, vamos indiciar essas pessoas por associação criminosa e pelo crime de falsidade ideológica”, afirma.

Participaram da operação policiais civis de Itabira, Belo Horizonte (1º Departamento), Corregedoria da Polícia Civil e Regional de Ouro Preto.

Suspeitos

O principal alvo do esquema criminoso seria um casal, de 50 e 56 anos, residente em Barão de Cocais, cidade principal onde os suspeitos atuavam. “Eram responsáveis por captar pessoas interessadas em falsificar esses laudos toxicológicos, com o objetivo de renovar CNH’s nas categorias C, D e E ou até mesmo obter empregos”, detalha.

Além do casal, um homem, de 40 anos, residente em Ouro Preto, seria o responsável por falsificar endereços, com o objetivo de simular o endereço dos interessados na falsificação dos laudos, como se morassem em Barão de Cocais. “Elas davam entrada na Ciretran de Barão de Cocais para assim conseguir esses laudos toxicológicos falsificados”, explica o delegado.

Já o quarto envolvido trabalhava em um laboratório, sediado em Belo Horizonte, e era o responsável por obter os laudos toxicológicos. “Aquela pessoa solicitante, no caso, contratante desse serviço, que pagava cerca de R$ 2 mil pelo serviço, ele não comparecia ao laboratório, não recolhia o pelo. Pois o procedimento normal é este: ele fornece o pelo e o laboratório submete esse pelo ao exame. E isso não era feito”, explica Helton Cota.

Ainda, segundo Helton Cota, cerca de 30 pessoas que teriam contratado esse serviço serão indiciadas por falsidade ideológica, com pena de um a cinco anos de prisão. Além disso, os laudos delas serão invalidados e elas poderão ter a CNH cassada.

As investigações podem levar a outros tipos de crime e, por isso, eventuais inquéritos policiais poderão ser instaurados para apura-los.

Loki

O nome da operação Loki se deve à mitologia nórdica, em que Loki é o deus da trapaça. O alvo principal é conhecido no meio criminoso, tendo envolvimento com estelionatos. Então, o suspeito trapaceia pessoas e instituições.

Fonte: Polícia Civil

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