Após dois dias, a Polícia Civil encerrou, nessa sexta-feira (17), a Operação Animus Mecandi, que teve como alvo a busca de suspeitos de homicídios que ainda não tinham sido solucionados pela polícia. Foram 24 prisões e 27 mandados de busca e apreensão cumpridos. A maioria dos crimes envolveu o tráfico de drogas.

A operação contou com a participação de 130 policiais. Além de Belo Horizonte, os mandados foram cumpridos em Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Brumadinho, na região metropolitana, e em unidades prisionais de Ouro Preto, Curvelo e Francisco Sá.

Nos mandados cumpridos, além das prisões, foram apreendidos um revólver calibre 38, um carregador municiado, R$ 5 mil em dinheiro, drogas para venda no varejo e um carro que havia sido roubado na capital em 9 de dezembro deste ano.

A operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e contou com o apoio do Canil, Coordenação Aerotática (CAT), e policiais do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Casos em destaque

Entre as prisões realizadas na operação, a equipe do DHPP ressalta o caso da adolescente de 13, atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça em 20 de novembro deste ano, em uma lanchonete no bairro Xodó Marize, Região de Venda Nova.

A jovem trabalhava no momento da ação criminosa e não era alvo dos disparos. Ela ficou internada durante oito dias, mas acabou morrendo. Um homem foi preso na época e um adolescente apreendido.

Nessa sexta, a Polícia Civil prendeu mais um investigado, de 27 anos, que ainda tentou fugir no momento da abordagem policial. O outro suspeito foi assassinado no último fim de semana.

Ainda durante a operação, quatro pessoas foram presas no Barreiro em razão de um triplo homicídio, com uma tentativa contra uma quarta vítima, em 24 de janeiro deste ano. Um suspeito continua foragido. O crime foi cometido próximo a uma linha férrea, na Avenida Tereza Cristina. Conforme apurado, os homicídios têm relação direta com o tráfico de drogas.

Outras três prisões cumpridas são referentes à investigação sobre homicídio ocorrido em maio, no Bairro Vista do Sol. Entre os presos, está o chefe de uma organização criminosa, de 22 anos, suspeito de ordenar a morte de integrantes do próprio grupo.

Os policiais civis também cumpriram três mandados de busca e apreensão relacionados a um homicídio cometido em 16 de agosto, quando um homem de 27 anos foi executado com quatro disparos de arma de fogo quando saía de um bar, na Região Noroeste da capital.

Antes de fugir, um dos suspeitos ainda atingiu a cabeça da vítima com uma pedra. A polícia também acredita que o crime tenha relação com o tráfico de drogas. Quatro pessoas, entre gerentes e “olheiros” de um grupo criminoso, foram presos na operação. No momento da prisão, os homens portavam uma arma calibre 38.

Segundo a chefe do DHPP, delegada Letícia Gamboge, independentemente do tempo decorrido do homicídio, a Polícia Civil busca sempre apresentar à sociedade as devidas respostas.

“Não deixaremos passar impune. A medida em que haja o cometimento de um homicídio, nós já temos uma equipe de pronta resposta, que vai aos locais de crime, e a partir daí todas as investigações são realizadas”.

O chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha, destaca o trabalho do DHPP, com a realização de operações de combate aos crimes de homicídio. “Temos para o ano que vem um planejamento ainda mais intenso para garantir a tranquilidade dos cidadãos de bem”.

Fonte: Estado de Minas

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