O Ministério do Planejamento mantém o ritmo de autorização dos concursos públicos, e, desde a semana passada, já liberou seleções para mais de 1,3 mil vagas. Somente na Polícia Rodoviária Federal (PRF) são 750 oportunidades para o cargo de agente, o que eleva para mais de 6,6 mil o número de vagas já autorizadas este ano. As Forças Armadas também receberam autorização para provimento de mais 475 vagas, sendo 95 para professor na Aeronáutica e ainda 93 para a área de ciência e tecnologia do órgão mais 287 para o Hospital das Forças Armadas.
Além dessas novas ofertas, os interessados em entrar para as Forças Armadas devem ficar atentos às inscrições para seleções que somam mais de 2,2 mil vagas, divididas entre Aeronáutica, Exército e Marinha. Até o dia 27, os candidatos os candidatos poderão se inscrever para uma das 233 vagas para as áreas técnica, administrativa e médica da Marinha. Para o quadro técnico, estão previstas 32 oportunidades em áreas como comunicação social, direito, informática e psicologia. Já para o quadro complementar de oficiais serão destinadas 29 vagas para ciências náuticas, engenharias elétrica, eletrônica e mecânica, administração, ciências contábeis e economia.
O concurso ainda prevê 76 vagas para diversas áreas de engenharia, além de posições para médicos com várias especialidades, cirurgiões-dentistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, e farmacêuticos. A maioria dos cargos exige nível superior de escolaridade. Ainda na Marinha, seguem até o dia 30 as inscrições para 1.520 vagas de fuzileiro naval com exigência de nível fundamental no site www.mar.mil.br.
Para Sylvio Motta, diretor do curso preparatório Companhia dos Módulos e ex-presidente da Agência Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), o prognóstico anunciado pelo governo de adequação dos concursos públicos à nova realidade orçamentária, com possível adiamento das seleções e convocação dos candidatos, ainda não está sendo cumprido. ?Segundo o governo, educação, saúde e segurança pública estão mantidos. Somente aqueles que não têm necessidade imperiosa de serem realizados que devem ser postergados, como o caso do concurso da Receita Federal?, avalia.
Apesar de susceptíveis a adiamentos, Sylvio acredita que as seleções não passem do primeiro semestre do próximo ano. ?É um ano eleitoral e, por questões políticas, existe muito interesse na nomeação dos candidatos.? Além de motivações políticas, a regularização dos funcionários terceirizados também é uma prioridade do governo. Esse é o objetivo da aprovação dos 70 cargos de agente administrativo do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que tem prazo de seis meses para divulgar o edital.

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