Pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, prevê que a campanha eleitoral de 2022 será ‘suja’ e que não dá para ser ‘isentão’ no Brasil de hoje.
Ele participou de uma live promovida pelo grupo Parlatório, que reúne políticos, empresários, advogados e médicos, e contou com a participação dos ex-presidentes Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso.
“Lamentavelmente teremos uma campanha dura e suja para as eleições presidenciais. Ou você tem resiliência e capacidade de fazer esse enfrentamento, ou já será derrotado antecipadamente com o nível de emparedamento e fake news”, disse Doria.
“No Brasil de hoje não dá para ser isentão, que não declare suas posições. Se nós tivermos medo de exercer nosso direito de fazer nossa opção, diante da ameaça que o Brasil tem pela frente, quem vai defender a democracia?”, questionou.
Sobre a possibilidade de união da chamada terceira via, Doria fez elogios aos também pré-candidatos Sergio Moro (Podemos), Rodrigo Pacheco (PSD), Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania), indicando uma possível união entre esses eles. Segundo Dória, são nomes “que gostariam de avançar dentro desse processo democrático na defesa de um centro liberal social”.
Porém, o governador paulista acredita que uma eventual candidatura única só deve ser definida entre o final de junho e o início de julho.
“Teremos que ter competência, paciência, discernimento e humildade para construir essa opção fortalecida, se possível com uma única candidatura. […] Não é algo obrigatório, mas é algo que faz sentido, já que temos dois extremos liderando a campanha eleitoral”, disse.
Nas palavras de Doria, seria um ‘pesadelo’ voltar a ter Luiz Inácio Lula da Silva como presidente ou reeleger Jair Bolsonaro.
Desempenho nas pesquisas
Na transmissão, João Doria minimizou o fato de estar apenas em 5º lugar nas últimas pesquisas de intenção de voto, atrás não só de Lula e Bolsonaro, como também de Sergio Moro e Ciro Gomes (PDT).
“Neste momento, a população brasileira, o povão, os que elegem, está completamente distante das eleições. […] A população só será ativada de fato, com o início do horário eleitoral, isso só acontecerá em agosto”, apontou.
Por fim, o pré-candidato do PSDB disse que, se eleito, fará um governo liberal na economia, mantendo o teto de gastos. Ele prometeu privatizar a Petrobras, junto com outras ‘3 ou 4 empresas’.
Fonte: O Tempo