A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Divinópolis informou que os dois macacos encontrados mortos na cidade não apresentavam características típicas de morte por febre amarela, de acordo com os técnicos. A informação foi repassada à imprensa durante coletiva na tarde desta quarta-feira (15).

Um parecia ter sido eletrocutado e o outro, sofrido uma queda. Amostras do sangue dos bichos foram encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, mas ainda não há previsão de quando o resultado deve sair.

De acordo com o epidemiologista Osmundo Santana, houve um boato de que exames preliminares teriam apontado febre amarela nesses animais. “Não houve nada disso. Até porque o exame é feito no Pará e o laboratório ainda nem recebeu as amostras. O técnico da Regional de Saúde responsável pela coleta das amostras enviadas ao laboratório me disse que não havia nenhuma evidência de febre amarela”, afirmou.

 Por causa disso, a Semusa ainda não classifica as mortes desses macacos como “rumores” nem como “suspeitas” da doença na cidade. “Apenas o resultado do exame feito no laboratório poderá nos dar embasamento em relação a isso”, acrescentou.

A diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares, disse que a situação em Divinópolis não pode ser considerada como alarmante. “Em relação a essa doença, a Secretaria de Estado de Saúde classifica os municípios em categorias. Isso serve para orientar ações. Divinópolis está na categoria 1, que é a mais tranquila. Não temos casos da doença em animais nem em humanos”, afirmou.

No Centro-Oeste de Minas, duas cidades já tiveram casos confirmados de mortes de macacos por febre amarela: Japaraíba e São Roque de Minas. “Mas nenhum desses municípios é limítrofe de Divinópolis. Mesmo assim estamos antecipando uma ação que é típica da categoria 2, que é a vacinação na zona rural, feita de casa em casa. É apenas uma medida de prevenção”, explicou.

Macacos mortos
Os dois micos foram encontrados mortos em diferentes regiões de Divinópolis. O primeiro foi encontrado no Bairro Niterói, na semana passada. O segundo, no Centro Industrial, na tarde de segunda-feira (13).

“Ressaltamos que morte de macaco, ainda que seja apenas um rumor, serve como alerta para o surgimento de casos de febre amarela, por isso a vigilância sobre os casos é intensificada, a fim de antecipar a ocorrência de eventos indesejáveis e a transmissão de doenças, se for este o caso”, afirmou a SES, por meio de nota.

Casos no Centro-Oeste de Minas

Até a manhã desta terça-feira, o Centro-Oeste de Minas contabilizava 15 municípios no quadro de rumores de epizootias – que é a morte ou doença em macacos. As informações são divulgadas diariamente no relatório da SES.

A região teve duas mortes de macacos por febre amarela confirmadas. A primeira foi em Japaraíba e a segunda em São Roque e Minas. Já o município de Tapiraí se encontra no quadro de investigação por morte de primatas e Lagoa da Prata está sob investigação por um caso da doença registrado em humano.

De acordo com a SES, os registros em macacos são divididos em rumores e em investigação. Rumor é quando o animal é encontrado morto e não é possível coletar material para o exame que diagnosticaria a causa da morte e investigação é quando o animal é encontrado e segue para análise.

A Secretaria de Saúde de Lagoa da Prata informou nesta segunda-feira (13), que investiga um caso suspeito de febre amarela em ser humano. A paciente de 60 anos está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Carlos, com sintomas da doença.

 

Equipe da Semusa informou sobre situação de febre amarela em Divinópolis (Foto: Rerodução/TV Integração)

 

Fonte: G1 ||

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