O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, do partido de oposição ao presidente Nicolás Maduro, foi detido hoje (13) supostamente por agentes do serviço de inteligência venezuelana. A informação foi divulgada por sua esposa, Fabiana Rosales, e por parlamentares da oposição, por meio da rede social Twitter.

Ele foi liberado logo em seguida e seguiu para um evento na cidade de Vargas, onde era esperado. “Agradeço a todos pela reação imediata de apoio contra os abusos da ditadura contra meu marido @JGuaido. Eu já estou com ele. A ditadura não pode quebrar seu espírito de luta”, escreveu Fabiana.

O carro onde estava foi interceptado em uma rodovia. Na conta oficial da Assembleia Nacional no Twitter, há um vídeo que corresponderia ao momento da detenção.

Maduro tomou posse na quinta-feira (10) para mais um mandato que irá até 2025. Ele conta com o respaldo das Forças Armadas e da Suprema Corte. Porém, sofre resistência interna da Assembleia Nacional que é comandada pela oposição. Na sexta-feira (11), em evento público em Caracas e em postagens nas redes sociais, Guaidó defendeu o estabelecimento de um governo de transição e novas eleições no país.

Grupo de Lima condena prisão de líder oposicionista a Maduro

O Grupo de Lima, formado pelo Brasil e mais 13 países, condenou hoje (13) a detenção, por alguns minutos, do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Juan Guaidó. Líder da oposição ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Guaidó convocou novas eleições e disse considerar ilegítimo o segundo mandato presidencial.

Em nota conjunta, 13 dos 14 integrantes do Grupo de Lima rechaçaram a detenção de Guaidó. Apenas o México não assinou a declaração.

“Condenam [os países do Grupo de Lima] a detenção arbitrária do Presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, deputado Juan Guaidó, por parte do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin), na manhã de hoje”, diz o texto oficial.

A nota oficial alerta sobre qualquer ameaça física a integrantes do parlamento venezuelano.

“[Os integrantes do Grupo de Lima] expressam seu mais forte rechaço a qualquer ação que afete a integridade física dos membros da Assembleia Nacional da Venezuela, suas famílias e colaboradores, e a qualquer pressão ou coerção que impeçam o exercício pleno e normal de suas competências como órgão constitucional e legitimamente eleito na Venezuela”, acrescentou o texto.

A nota é assinada pelos governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

Agência Brasil

 

Fonte: Agência Brasil||http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-01/grupo-de-lima-condena-prisao-de-lider-oposicionista-maduro

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