O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Formiga (STSSF), Paulo José de Oliveira, enviou uma nota à imprensa ressaltando que o provedor da Santa Casa de Caridade de Formiga, Geraldo Magela do Couto retirou direitos dos funcionários da entidade.
Na nota, Paulo Oliveira alega que ?ao mesmo tempo em que o provedor fala que respeita, valoriza e que não tem coragem de fazer nenhuma sacanagem com os trabalhadores da Santa Casa, ele insiste e começa a retirar os direitos conquistados nas negociações passadas com o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Formiga (STSSF) ao longo dos anos. Exemplo disso foi o pagamento do ticket proporcionalmente, ou seja, pela metade. Diminuiu o adicional noturno, está cobrando pela alimentação que a Santa fornece (mesmo recebendo toneladas de doações do Banco de Alimentos), atendimento médico, entre muitos outros. E, ainda, junto com sua direção e gestores vem praticando diariamente um verdadeiro terrorismo contra os funcionários? .
Paulo Oliveira ressalta ainda que ?logicamente que o sindicato não vai ficar nem calado e muito menos parado, entendemos que estas conquistas já passaram a fazer parte do contrato individual e, qualquer alteração somente com concordância do trabalhador. Esta atitude mostra a truculência e desrespeito para com os funcionários. Por isso, é preciso dar uma resposta à altura. Os funcionários, revoltados e indignados, já se mobilizaram e o sindicato já está tomando as providências necessárias? , afirma o presidente.
Reunião em Divinópolis
No dia 30 de julho estiveram na Gerência Regional do Trabalho (DRT), em Divinópolis, os representantes da Santa Casa de Caridade de Formiga e do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde, dando início às negociações salariais visando o Acordo Coletivo de Trabalho 2010.
De acordo com Paulo Oliveira, a direção do hospital foi quem pediu a reunião na DRT para iniciar a negociação com o sindicato, ?mostrando mais uma vez o descaso e desrespeito com a categoria, sequer levou uma contraproposta, mostrando ainda desconhecer até nossa pauta de reivindicações, entregue à direção em 19 de dezembro de 2009. Além disso, ainda pediram um prazo de mais vinte dias para estudar a pauta e apresentar sua proposta. Absurdo isso! O sindicato, que há mais de seis meses, espera pelo acordo mostrando boa vontade concordou com o prazo solicitado, e a nova reunião ficou agendada para o dia 23 de agosto de 2010. Neste prazo, a Santa Casa acordou e se comprometeu a não alterar a jornada de trabalho de 12×36 dos trabalhadores, no entanto, vem inescrupulosamente desrespeitando até esse acordo, ou seja, vem alterando o horário de muitos trabalhadores?.
Ainda na nota, o presidente do sindicato disse que, ?quanto aos demais direitos, o provedor insistiu em constar na ata a manutenção da validade do nosso acordo anterior para que desse legalidade aos seus atos na Santa Casa. O sindicato não aceitou tendo em vista os prejuízos que essa concordância poderá trazer aos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores, os quais por Lei já possuem direito adquirido dos benefícios antes conquistados e praticados?.
?Infelizmente e com certeza, depois dos funcionários, mais uma vez será a entidade Santa Casa de Caridade de Formiga quem será penalizada e por tabela a sua comunidade usuária. Fica-nos a pergunta de sempre: Cadê os Irmãos Benfeitores que têm por obrigação e responsabilidade zelar pela Santa Casa? Cadê nossa sociedade organizada, cadê nossa comunidade usuária? A Santa Casa ainda é uma entidade da comunidade! Acordem!!!?, finaliza o presidente do sindicato.
Nota da redação: A redação tentou contato com a direção da Santa Casa, mas, até o momento, ainda não conseguiu falar com os responsáveis. Entretanto, assim que forem obtidas as explicações por parte da provedoria serão publicadas aqui no portal Últimas Notícias.
Presidente do sindicato alega que provedor retirou direitos dos funcionários
O embate entre o sindicato dos trabalhadores da Santa Casa e a provedoria a respeito do Acordo Coletivo de Trabalho continua. A diretoria do sindicato reivindica direitos dos trabalhadores.