Às 15h19 desta segunda-feira (22), tem início oficialmente a primavera no hemisfério Sul. Conhecida como a estação das flores, a primavera marca o período de transição entre a estação seca e a chuvosa, especialmente em estados como Minas Gerais, além das regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
No início da estação, entre o final de setembro e o começo de outubro, o clima ainda apresenta características típicas do período seco. As temperaturas tendem a variar bastante ao longo do dia, os índices de umidade permanecem baixos durante as tardes em boa parte do estado, e o predomínio é de sol com poucas nuvens no céu.
É também na primavera que, geralmente, ocorrem as maiores temperaturas do ano, com a possibilidade de ondas de calor. As primeiras chuvas da estação costumam ocorrer entre a segunda quinzena de setembro e o início de outubro. Essas pancadas iniciais de chuva são frequentemente acompanhadas por rajadas de vento, muitos raios e até mesmo granizo.
A partir de meados de outubro, as chuvas se tornam mais frequentes, começando pelas regiões Centro-Sul e Oeste de Minas e se espalhando gradativamente em direção ao Norte e Nordeste do estado. Até o início de novembro, todo o território mineiro já deverá estar sob influência da estação chuvosa.
Em relação ao comportamento climático, a primavera deste ano deve seguir padrões próximos à climatologia histórica. Há uma projeção de 65% de probabilidade de transição da fase Neutra para a fase fria do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS), conhecida como La Niña, no trimestre outubro-novembro-dezembro.
A presença da La Niña tende a reduzir as chuvas na Região Sul do Brasil e aumentar a precipitação nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, especialistas alertam que a variabilidade climática brasileira depende da interação de vários fatores atmosféricos e oceânicos, que podem intensificar ou suavizar esses efeitos. Para o Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o retorno gradual das chuvas a partir de outubro, o que será essencial para a recuperação da umidade do solo e o equilíbrio dos recursos hídricos.
Com informações do O Tempo