A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil cresceu 9,9% em 2013, atingindo a marca de 3,74 milhões de veículos, novo recorde anual. Os dados foram anunciados pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta terça-feira (7).
O recorde histórico de produção anterior era a marca de 2011, quando foram produzidos 3,416 milhões de unidades. Em 2012, a produção recuou para 3,402 milhões.
O recorde histórico já havia sido superado em novembro, quando a produção nos 11 meses do ano somou 3,5 milhões.
Em dezembro, entretanto, a produção recuou 12,1% na comparação com o mesmo mês de 2012. A fabricação de 235,9 mil veículos em dezembro representou também um recuo de 18,6% na comparação com novembro.
Na análise por segmento, o destaque foi a produção de caminhões, que cresceu 43,1% em 2013, na comparação com 2012, somando 190.304 unidades. A produção de carros aumentou 8,6%, totalizando 3,51 milhões de unidades. Já a fabricação de ônibus avançou 9,5%, para 40.111.
‘Empate técnico’
Em relação às vendas de veículos, medida pelo número de licenciamentos, os dados da Anfavea confirmaram uma queda de 0,9% em 2013. Esse mesmo índice já havia sido apontado na sexta-feira (3) pela federação dos concessionários, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Segundo o balanço da Anfavea, foram comercializados 3,77 milhões de veículos no ano passado, contra 3,8 milhões em 2012. As vendas de dezembro, porém, subiram 16,8% sobre novembro e recuaram 1,5% ante igual mês de 2012, somando 353.843 unidades.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, classificou como empate técnico o resultado das vendas no mercado interno em 2013. Segundo ele, a diferença de 34 mil veículos representa, aproximadamente, apenas dois dias de vendas no país.
Batemos o recorde histórico do setor em termos de vendas de veículos produzidos no Brasil, comemorou o executivo, ao comentar a produção de 3,06 milhões de unidades, alta de 1,5% ante 2012 (3,01 milhões).
Estamos permanecendo no patamar de 4º maior mercado do mundo, acrescentou Moan.
A Anfavea atribuiu o recuo das vendas em 2013, sobretudo, à maior seletividade na concessão de crédito. Em relação à produção de veículos, a associação avalia que a atividade continuará em alta pelo menos até 2017.
IPI
O boletim de balanço da Anfavea estima que, durante o período de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre 24 de maio de 2012 e 31 de dezembro de 2013, o governo deixou de arrecadar R$ 5 bilhões.
Em contrapartida, a geração de impostos com PIS/Cofins, IPVA e ICMS foi de R$ 13,1 bilhões, além de viabilizar a produção de mais de 1,5 milhão de unidades adicionais, com enorme volume de encomendas em toda a cadeia automotiva, destacou a associação.
Vendas ao exterior
As exportações da indústria automobilística somaram US$ 16,57 bilhões de janeiro a dezembro de 2013, o que representa uma alta de 13,5% em comparação com 2012. As vendas para o exterior em dezembro aumentaram 14,5% ante o mesmo mês de 2012, para US$ 1,2 bilhão (R$ 2,8 bilhões).
Saíram do país em 2013 um total de 563.268 veículos, volume 26,5% maior que o exportado em 2012 (445.219).
Segundo a Anfavea, os importados representaram 18,8% dos veículos comercializados no Brasil em 2013, somando 706.864 unidades. Essa participação corresponde a um recuo em relação ao ano anterior, quando as 788.097 unidades importadas ficaram com uma fatia de 20,7% dos veículos licenciados.

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