Os produtores rurais estão autorizados a deslacrarem as bombas que foram interditadas em ação da Defesa Civil ocorrida de 18 a 22 de setembro.
O prefeito Eugênio Vilela comunicou a decisão ao presidente da Associação dos Feirantes de Formiga, Fabrício Ramos Sanábio, nesta sexta-feira (6).
Além de receber a autorização, Fabrício se comprometeu, em nome da associação, a repassar aos demais agricultores a orientação de fazer, a partir do deslacramento das bombas, um rodízio na captação da água. Ficou acordado que, durante três dias da semana, os produtores não retirarão água, sendo que nos outros dias estará liberada a captação para irrigação.
A decisão do deslacramento das bombas foi tomada levando em consideração a análise feita pelo diretor do Saae, Capitão Sousa, em relação ao volume de água captada pela autarquia, que se normalizou. Contudo, Sousa informa que o rodízio no fornecimento será mantido. “A situação não está cem por cento ainda. Embora as chuvas tenham aparecido, o volume captado não é totalmente satisfatório. Estamos captando hoje, em média, 172 litros por segundo, enquanto que o ideal seria acima dos 190 litros. Por isso, achamos mais prudente manter o racionamento até o período de vigência do Decreto de Situação de Emergência”, destacou o diretor.
O diretor da autarquia reforça ainda, o pedido de compreensão por parte da população quanto ao uso racional da água. “Não é porque choveu que a situação se normalizou e a pessoa pode sair aguando ruas, calçadas e afins. É preciso muito bom senso e compreensão”, disse.
Reunião com agricultores
No início da semana, 18 produtores rurais que possuem propriedades acima da barragem de captação de água do Saae se reuniram com Eugênio. Na oportunidade, o prefeito explicou os motivos de a Defesa Civil, em conjunto com a Polícia de Meio Ambiente, ter tomado medidas emergenciais, que levaram ao lacramento das bombas que faziam retirada de água do leito do Rio Formiga e seus afluentes. O intuito da reunião foi também chegar a um consenso para definir a liberação do lacre das bombas d’água, tendo em vista que o período de chuvas iniciou.
O prefeito explicou que a medida de lacrar as bombas e mandar destruir as barragens construídas pelos produtores teve o objetivo de beneficiar a população como um todo. “Quando estourou a crise hídrica, recebemos diversas denúncias de irregularidades nas propriedades rurais. Hora nenhuma o intuito foi punir. Mas seria negligente deixar a população desabastecida. O objetivo era priorizar o consumo humano”, ressaltou.
A fiscalização
Na semana de 18 a 22 de setembro, a Defesa Civil, a Polícia de Meio Ambiente e a Secretaria de Gestão Ambiental foram até as propriedades fiscalizar a retirada de água do rio Formiga e seus afluentes. Como resultado, foram lacradas diversas bombas de retirada de água e 19 pontos de contenção tiveram de ser destruídos pelos produtores. A medida deu certo, tendo em vista que a quantidade de água no rio Formiga se manteve constante e não diminuiu seu volume, já que, com o período de estiagem, a quantidade de água vinha diminuindo gradativamente.

Fiscalização realizada no dia 19 do mês passado (Fotos: Secom/Formiga)

A decisão foi comunicada ao presidente da Associação dos Feirantes nesta sexta
Fonte: Secom/Formiga||
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