O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) condenou uma professora da rede pública por estupro de vulnerável e pelo fornecimento de bebidas alcoólicas a duas menores de idade. Somadas, as penas chegam a 32 anos e 3 meses de prisão. o Caso foi divulgado pelo tribunal nessa segunda-feira (13).

Segundo a acusação, a professora cometeu diversos atos libidinosos contra uma de suas alunas. O Ministério Público afirma que os abusos aconteceram no banheiro e na biblioteca da escola em que a ré trabalhava. Como a vítima era menor de 14 anos, crime é considerado estupro de vulnerável.

Em outra ocasião, a mulher ofereceu bebidas alcoólicas a duas estudantes da mesma escola, ambas menores de 18 anos. O Crime está previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Duas vítimas relataram que a professora se aproximava e ganhava a intimidade dos alunos. Uma delas mencionou que, por meio de um aplicativo de mensagens, a mulher pedia para tocar o seu corpo. Outra vítima reportou que a professora confirmou estar em um “relacionamento” com uma das alunas e deu detalhes sobre a intimidade delas.

Alunos denunciaram a professora após uma palestra da Polícia Civil na escola. Adolescentes procuraram a policial para relatar situações de abuso sexual praticadas pela ré. Após a formalização da denúncia, as investigações foram iniciadas. Os casos aconteceram entre maio e julho de 2023.

Entendo que a conduta social da acusada deve ser valorada negativamente, eis que se utilizou da profissão e da função pública para se aproximar da vítima e praticar o crime de estupro juíz Ramiro Baptista Kalil, em decisão.

A mulher foi condenada a 28 anos e 9 meses de reclusão por estupro de vulnerável e 3 anos e 6 meses por fornecer bebida alcoólica a menores. Ela também deverá pagar, a título de danos morais, R$ 15 mil de indenização a cada uma das três vítimas.

A professora está presa desde setembro de 2023, no Presídio Estadual Feminino de Guaíba. Decisão do TJRS cabe recurso.

Sua identidade não foi revelada, portanto a reportagem não conseguiu entrar em contato com sua defesa. O espaço permanece aberto.

 

Fonte: O Tempo

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