Assim que chegaram à Prefeitura, algumas educadoras da rede municipal foram até ao Gabinete do prefeito. As professoras se reuniram com Aluísio Veloso/PT, a presidente do Sintramfor, Ana Paula Melo, a ex-presidente do sindicato dos trabalhadores municipais, Edir do Carmo, os secretários Sheldon Almeida (Gabinete) e Geraldo Reginaldo de Oliveira (Educação), além de algumas professoras e os dois representantes do Sitram, de Divinópolis, Alair Fonseca e Silvânio Alves.
O prefeito Aluísio Veloso/PT ouviu os questionamentos das professoras e perguntou quem fez o plano de Cargos e Salários. E, em seguida, respondeu que foi feito pela empresa Igetec, pelo sindicato e com a participação da administração municipal e dos vereadores. ?Vocês que fizeram o Plano de Cargos e Salários. Então, vocês viram, estudaram, criticaram fizeram tudo que podiam fazer, pediram mudanças e aí vocês deixaram passar em branco? De quem é a culpa? De vocês mesmos. Vocês participam do jeito que queriam participar, houve muita crítica, muita reclamação, fez o trabalho do jeito que vocês queriam fazer e agora a culpa é da Prefeitura e do prefeito??.
Aluísio Veloso explicou que, na segunda-feira (23), será aprovado na Câmara Municipal o Plano de Cargos e Salários. O projeto de lei 367/2011 dispõe sobre a antecipação do vencimento básico inicial de R$650 aos professores da rede municipal de ensino. ?Vamos aguardar e ver se está tendo perdas, vamos ver o que é que está tendo perdas. Pode ser que um grupo tenha tido sim uma redução, então, podemos sentar e discutir. Mas 2/3 [dos professores] estão tendo aumento de salário. Pedimos para aguardar. Segunda-feira vai ocorrer a votação, nós vamos emitir o pagamento retroativo e vamos ver o que vai acontecer?.
As educadoras ressaltaram também que todos profissionais da rede de ensino estão tendo perdas e explicaram que o corte nas passagens foi colocado de última hora no Plano de Carreiras. Ana Paula contou que seria concedido aos professores um adicional de 20% sobre o vencimento básico inicial a título de auxílio função, com isso o adicional de passagem passou a ser título de função. ?Estudamos isso, pedimos mudanças em alguns itens, o Igetec foi modificando, e isso aqui estava, não percebemos e foi votado. O que queremos aqui hoje é o que está constando no artigo 26, que será garantido ao professor. O direito está garantido no nosso estatuto, mas falta este aqui, nos casos especificados em lei própria. Para acabar com todo esse movimento, dar um fim, um basta nisso, é só enviar para a Câmara essa lei regulamentando o adicional de passagem e pronto, mais nada?.
Edir do Carmo explicou ao prefeito que estavam apenas reivindicando melhorias. ?Sabemos que o senhor é parceiro da gente, quer estar conosco. E nós queremos demonstrar nossa insatisfação, principalmente com as perdas que nós estamos tendo. Sou uma professora que vou completar 25 anos [de profissão]. Antes nós lutávamos para ganhos, agora nos lutamos para perdas, para recuperar o adicional de passagem, o piso salarial que está bastante defasado, o terço de férias que nos pegou de surpresa?, enfatizou Edir do Carmo.
Sheldon Almeida questionou se a única perda que estava sendo discutida ali era essa, referente ao corte no adicional de passagem. As educadoras responderam que, naquele momento, sim.
O secretário de Educação, Geraldo Reginaldo também se pronunciou sobre o assunto: ?Quando se fala que o Plano de Carreiras não adiantou nada, adiantou sim, pois a forma de direito, de admissão, ela foi legalizada agora. A minha preocupação é a partir do ano que vem, ou do segundo semestre, na implantação definitiva do plano. Eu vou continuar tendo professores recebendo R$650 sem nenhuma vantagem. Eu como assessor do prefeito estou aqui para ajudar, para dar a minha contribuição. A minha proposta ainda continua a de assentar e discutir perdas, o que pode ser melhorado. A preocupação está sendo com os contratados. Já é um compromisso do prefeito retroagir o pagamento este mês.
A minha sugestão é antecipar esse vencimento agora, para suavizar essas coisas. Vamos discutir como vai acontecer se vai ser redução de carga horária para chegar ao piso ou aumentará a carga horária. Eu sou professor e assessor do prefeito. Gostaria que ficasse, na memória, não só eu, assim como no prefeito, como o melhor prefeito e o melhor secretário?,
concluiu.

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