Mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinar a suspensão da greve dos professores da rede estadual, a categoria decidiu manter o movimento. Decidimos pela continuidade da greve. Vamos pagar a multa imposta pelo TJ, mas também vamos recorrer da decisão, assegurou a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira.
Os professores se reuniram na tarde desta quarta-feira (5) no pátio da Assembleia Legislativa. De lá, seguiram para o centro de Belo Horizonte. De acordo com a BHTrans, pelo menos duas mil pessoas se concentram na Praça 7, o que deixa o trânsito complicado em toda a região central.
A greve da rede estadual de ensino, que já dura 26 dias, foi considerada ilegal pela Justiça. De acordo com o desembargador Wander Marotta, da 7ª Câmara Cível, a paralisação vai contra a garantia constitucional de ensino público regular, além de colocar em risco a qualidade da educação, podendo acarretar prejuízos irreparáveis ao interesse do estado. Como a categoria informou que vai descumprir a decisão, o Sind-UTE-MG terá de pagar multa diária de R$ 10 mil.
Nesta quinta-feira (6), às 13h, está marcada uma reunião na Promotoria da Infância e da Juventude, na avenida Olegário Maciel, no centro da capital, entre o Ministério Público, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG) e a Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas Públicas de Minas Gerais (Fapaemg), com a intenção de resolver o impasse da greve dos professores.
O governo alega que o piso é de R$ 850 em Minas para 24 horas semanais, enquanto o do país é de R$ 1.024,62 para 40 horas. Além disso, foi aprovado um reajuste de 10% para os servidores que vai elevar o salário para R$ 935. Os professores alegam que o valor é o teto salarial.

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