Apesar de ter soltado nota recentemente contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB) de suas funções, o partido dos trabalhadores (PT) protocolou na noite dessa quinta-feira (28), no Conselho de Ética do Senado, petição pedindo a abertura de processo contra o tucano por quebra de decoro parlamentar. A representação requer a cassação do parlamentar e tem como base as gravações apresentadas na delação da JBS. Nelas, Aécio negocia o recebimento de R$2 milhões com Joesley Batista.

A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, disse que o Senado tem “obrigação moral e institucional” de instaurar o procedimento e levar o caso “às últimas consequências”. Segundo a petista, o processo é necessário para que o Senado defenda sua autonomia em relação aos demais poderes.

O PT alega que a conduta de Aécio se enquadra como quebra de decoro parlamentar e deve ser punida com a perda do mandato. Na representação, o partido relata que a investigação aponta o recebimento de quatro parcelas de R$500 mil destinadas ao senador mineiro.

Janot como testemunha

O partido pede a intimação do ex-procurador Rodrigo Janot e do delegados da Operação Patmos, Thiago Machado Delabary e Marlon Oliveria Cajado dos Santos, como testemunhas. Também relaciona o primo de Aécio, Fred Pacheco, e o ex-assessor parlamentar de Zezé Perrella, Mendherson Souza Lima – os dois são apontados como receptores do dinheiro.

Aécio foi notificado na noite desta quinta-feira (28) sobre o afastamento determinado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das acusações. Os ministros também determinaram o recolhimento domiciliar noturno do tucano.

 

Fonte: G1||

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