“Quatro anos em quatro meses”, isto se parece nada mais do que uma cópia do lema de governo de Juscelino Kubitschek, em 1955: “50 anos em 5”.  A suposta “cópia” do lema de JK, surgiu no município de Formiga, 61 anos após a candidatura de Kubitschek.

O motivo da criação dos “Quatro anos em quatro meses”, se deu após o dia 5 de setembro deste ano, quando o vice-prefeito Eduardo Brás assumiu a cidade, por determinação judicial que afastou o então prefeito Moacir Ribeiro da Silva.

Em quatro anos de governo, o que se viu estampado nas páginas deste semanário foi a falta de cuidado, por parte da gestão Moacir, com a cidade. Serviços básicos, como manutenção de prédios públicos, vias e limpeza urbana foram causas das reclamações dos formiguenses que se viram enganados por um governo que se envolveu em vários processos e que culminou no afastamento de Moacir.

Em apenas 117 dias de gestão, Eduardo Brás conseguiu, além de fazer os serviços básicos funcionarem da forma correta, reparar alguns erros cometidos pelo gestor anterior, como a limpeza e manutenção do que restou do Parque Dr. Leopoldo Corrêa (Praia Popular), desastrosamente demolido em setembro de 2013 e que, desde então, estava abandonado.

Sete dias após assumir a Prefeitura, Eduardo Brás, iniciou uma limpeza no parque. Mais de 150 caminhões de entulho foram retirados do local. Além da limpeza e poda, a Prefeitura investiu na iluminação do local que deixava muito a desejar e representava perigo aos seus eventuais usuários. E construiu um calçadão nas imediações da Praia.

Eduardo Brás ainda deu continuidade e conseguiu entregar obras, que há anos estavam paralisadas, como: Praça do Ceus, no Novo Horizonte, a sede do Centro de Referência em Assistência Social (Cras III) no bairro Souza e Silva e inaugurou ainda a UBS, no bairro Geraldo Veloso. Revitalizou e limpou praças como a Dr. Olinto Fonseca, no Centro e a quadra de esportes anexa à praça Ana Maria da Silva, no Bairro Areias Brancas. Realizou operação tapa-buracos em diversas ruas da cidade, sanou os problemas enfrentados na manutenção da iluminação pública: reincidiu o contrato com a empresa KLP, de Divinópolis, responsável pelo serviço de manutenção e adquiriu um caminhão com escada e demais equipamentos para que a Prefeitura realize o serviço de manutenção sem depender de empresas terceirizadas.

Mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo município- situação que se repete em todo o país- Eduardo ainda conseguiu colocar em dia o pagamento dos salários, 13º e vale-alimentação dos servidores municipais. Liquidou parte do passivo herdado, determinou e acompanhou de perto a execução de diversas obras de menor porte como a construção de novas redes de interceptação e escoamento de águas pluviais, resolvendo o problema de alagamentos que há décadas causavam transtorno com a ocorrência de chuvas.

Quitou significativa parcela dos aluguéis de prédios e repartições públicas que se encontravam vencidas e com atrasos superiores há um ano. No Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), autorizou e acompanhou a execução de obras e serviços que resultaram em considerável aumento na obtenção do volume de água bruta tratada, que passou de 190 litros por segundo para algo em torno de 240 a 250 litros por segundo, aumentando assim a oferta de água tratada e permitindo a economia da energia consumida pela autarquia. Poços artesianos foram perfurados e instalados na zona rural (Fivela, Teodoros, Santa Luzia e Furnas Iate Clube – FIC); diversas extensões de rede nas zonas rural e urbana, substituição de 420 metros da adutora (em parceria com a Cazanga); substituição de registros e outros equipamentos com mais de 40 anos de uso por outros mais modernos e eficientes na Estação de Tratamento (ETA 1) (misturadores e dosadores controlados eletronicamente); reforma de parte da rede de distribuição na Sonda, dentre outros.

Como Eduardo mesmo afirma, ele não realizou nenhum milagre, e como muitos dizem, o que foi feito nada maisera do que a obrigação do Executivo providenciar. Com isto concordamos, pois, a realização de serviços públicos essenciais é sim, uma obrigação da administração. Porém, não se pode esquecer que essa mesma obrigação durante a gestão Moacir Ribeiro, deixou de ser observada, praticamente, nos quase quatro anos de (des) governo. Assim sendo, sem medo de errar, pode-se afirmar  que Eduardo Brás conseguiu sim, realizar em menos de quatro meses o que não se fez em quatro anos.

Calçadão próximo à Praia Popular (Fotos: Prefeitura de Formiga)

Inauguração da quadra na Escola Pio XII

Revitalização da praça Dr. Olinto Fonseca

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