Imagine ter seu nome exposto em uma lista que traz apelidos pejorativos e difamatórios? Essa situação aconteceu com aproximadamente 100 moradoras de Muzambinho, cidade de Minas e que tem pouco mais de 20 mil habitantes.

O ‘Ranking do Sexo’, como foi intitulado, expõe intimidades sexuais de várias vítimas. Ao lado do nome de cada, um xingamento relacionado a sexo ou orientação sexual. Entre as ofensas estão constam puta, prostituta, vagabunda e outras tantas palavras de baixo calão.

A lista viralizou em grupos de WhatsApp nos últimos dias e chegou até a Polícia Civil nesta quinta-feira (11), que vai abrir inquérito para apurar o responsável pelo ranking. O suspeito, conforme a corporação pode ter que responder pelo crime de injúria. A ele podem ser imputados ainda os crimes de ameaça, calúnia, difamação e falsa identidade.

Denúncia

Segundo a Polícia Civil, as mulheres que se sentirem ofendidas devem procurar a Delegacia de Monte Belo para registrar ocorrência e assinar o termo de representação. Somente depois deste procedimento é que será instaurado o inquérito para cada uma das vítimas.

Até às 15h30 de terça, apenas cinco vítimas haviam procurado a delegacia para registrar uma única ocorrência. A polícia aguarda que, com a repercussão do caso, outras mulheres lesadas também procurem as autoridades para denunciar o crime.

A expectativa é que o inquérito para apurar o delito seja aberto ainda nesta semana ou, no mais tardar, no início da próxima semana.

Repúdio

A Prefeitura de Muzambinho, por meio da assessoria, repudiou a lista, que classificou como sendo “injusta, irresponsável e desrespeitosa”. O Executivo informou que pediu agilidade para que a polícia “indicie e puna os responsáveis”.

Nas redes sociais, a repercussão do caso foi enorme e muitos moradores da cidade lamentaram o ranking. “A sociedade muzambinhense não merece passar por esse tipo de constrangimento. Em toda vida de policial aposentado e advogado nunca presenciei cena tão deprimente!”, postou Hélio Brandi. “Você que está com o nome na lista, faça um Boletim de Ocorrência por danos morais. Agora é hora de dar o troco nestes vaga…”, orientou o morador Nilton Pioli, também revoltado com a lista.

Uma professora da cidade também opinou sobre o caso. “Por isso e muitos outros motivos a cidade não tem progresso. Ao invés de procurar um trabalho ou fazer algo útil, ficam aí escrevendo listas sobre pessoas que nem conhecem, muitas dessas pessoas nem moram em Muzambinho, outras são de menor .. pena viu!”, publicou.

O prefeito da cidade, Sergio Paoliello, usou o Facebook para expressar seu repúdio com o caso que tornou-se notícia nesta quinta-feira.

(Imagem: divulgação)

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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