As chuvas que caíram em Minas Gerais nos últimos dias contribuíram para elevar o nível da represa de Três Marias, um dos mais importantes do estado. As chuvas também fizeram com que a nascente do rio São Francisco, na Serra da Canastra, que havia secado pela primeira vez no início de outubro, voltasse a jorrar no último dia 28.
Três Marias chegou ao seu nível mais crítico há cerca de duas semanas, quando registrou apenas 2,57% da sua capacidade total ? o mais baixo de sua história. Nesta segunda, o nível do reservatório já alcançava 4,59%, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
?Pode não parecer muito, mas essa melhora nos deixou otimistas, principalmente porque as perspectivas para o mês de dezembro são boas, com mais chuvas?, afirma o gerente de Planejamento Energético da Cemig, Marcelo de Deus Melo.
Segundo ele, a lenta recuperação do nível de Três Marias é explicada pelas grandes dimensões do reservatório, que tem capacidade para gerar 396 MegaWatts hora (MHh) de energia.
Mais água
Afluentes do São Francisco como o rio das Velhas, responsável pelo abastecimento da região metropolitana de Belo Horizonte, e outros cursos d?água importantes, como Paracatu, Urucuia, Jequitaí e Pandeiros, que irrigam o Projeto Jaíba e o Norte de Minas, também registraram aumento nos volumes de água.
Apesar de estar recebendo 1.000 m³/s de água da chuva nos últimos dias, a Cemig, segundo Melo, deve manter a atual vazão de 120 m³/s, com o objetivo de continuar aumentando o nível da represa. ?Essa vazão não compromete o abastecimento de Pirapora, que melhorou seu sistema de captação, nem do Jaíba, que está sendo beneficiado pelos afluentes cheios?, explica. A vazão relativamente pequena de Três Marias faz com que a usina opere, no momento, com apenas uma das suas turbinas.
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