Na segunda-feira (9), o secretário-geral do Estado de Minas Gerais, Igor Eto, recebeu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, líderes do Movimento Pró-Furnas, que pediram apoio ao governo estadual para manter o nível mínimo de Furnas em 762 metros, o que permitiria as atividades de turismo e piscicultura. A gestão da represa é reponsabilidade da empresa Furnas Centrais Elétricas, sociedade anônima de economia mista controlada pela União.

O secretário Igor Eto disse que apoia e reconhece como legítima a solicitação do movimento. “Estamos trabalhando para que o governo federal dê a atenção necessária ao tema e garanta o uso múltiplo das águas do Lago de Furnas. Essa é uma demanda fundamental para Minas Gerais, que une todas as correntes políticas do estado. O que for de alcance do governador Romeu Zema, ele está à disposição para fazer”.

Já o secretário-adjunto de Cultura e Turismo, Bernardo Brandão, reforçou a importância do lago para o fomento do turismo no estado. De acordo com ele, desde a crise hídrica de 2012, algumas cidades enfrentam dificuldades para atrair visitantes.

“A relevância do lago para o turismo de Minas Gerais é imensa. Por isso, entendemos que atingir a cota mínima de 762 metros é essencial. Faremos o que for possível para que o governo federal e o Congresso apoiem essa iniciativa, porque o turismo é um vetor de desenvolvimento econômico e, na situação pela qual passa o estado, é mais uma fonte para arrecadação”.

O coordenador do Movimento Pró-Furnas, Thadeu Alencar, reconheceu o esforço do governador. “Essa não é uma luta de nenhum movimento, mas de todo o povo mineiro. Eu fico muito tranquilo de ver o governador Romeu Zema assumindo essa postura proativa em relação ao assunto”.

Nível reduzido

Nos últimos anos, o nível da represa vem diminuindo drasticamente, prejudicando as 34 cidades da região, com prejuízos para o turismo e para a piscicultura.

Na semana passada, o governador Romeu Zema esteve em Brasília, onde se reuniu com ministros e com o presidente Jair Bolsonaro. Na oportunidade, Zema defendeu uma solução para a represa. “Frisei isso muito com o presidente: Furnas precisa realmente de uma decisão”, ressaltou.

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