Os restos mortais encontrados em duas malas compradas em leilão na Nova Zelândia são de duas crianças, apontou a investigação.

Os corpos provavelmente estavam armazenados há vários anos e acredita-se que as vítimas tinham entre 5 e 10 anos quando morreram, segundo os investigadores.

Os itens encontrados com as malas também estão sendo estudados na tentativa de identificar as crianças.

Os restos mortais foram encontrados quando uma família em South Auckland abriu as malas em casa depois de comprá-las na semana passada. A família, moradora da região sul da capital, Auckland, fez a terrível descoberta depois de desempacotar os itens comprados.

As autoridades policiais iniciaram uma investigação por homicídio e estão tentando identificar a quem pertencem os restos mortais.

Acredita-se que a família não esteja envolvida na morte.

As crianças estavam escondidas em duas malas de tamanho semelhante, disse o inspetor-detetive Tofilau Faamanuia Vaaelua.

“A natureza desta descoberta fornece algumas complexidades para a investigação, especialmente devido ao tempo decorrido entre a hora da morte e o momento da descoberta dos cadáveres”, acrescentou.

Segundo o que se sabe até o momento, a família adquiriu vários itens, entre eles as malas, em um leilão realizado por uma empresa de armazenamento na quinta-feira passada (11).

É comum que algumas empresas do setor realizem leilões de itens guardados em unidades de armazenamento inadimplentes. Em geral, todos os objetos deixados para trás são vendidos como uma unidade inteira dentro de um container.

Normalmente, os compradores não conseguem inspecionar os itens abandonados antes de comprá-los — muitos lances são feitos na esperança de uma surpresa valiosa.

A polícia está verificando horas de imagens de câmeras de segurança para identificar o que ocorreu. Mas eles temem que momentos-chave possam ter sido apagados por causa do tempo decorrido após as mortes.

O detetive Vaaleua disse que a polícia da Nova Zelândia está trabalhando com a agência internacional de polícia criminal Interpol, embora os parentes das vítimas estejam no país.

“Esta não é uma investigação fácil. O que posso dizer é que estamos tendo um progresso muito bom com as investigações de DNA”, disse ele.

O detetive afirmou que os compradores das malas não têm conexão com as mortes, que estão angustiados e recebendo apoio.

Tanto a unidade de armazenamento quanto a propriedade para onde as malas foram levadas foram minuciosamente examinadas por especialistas forenses.

‘Cheiro horrível’

A descoberta dos restos mortais só foi feita depois que os moradores levaram os itens adquiridos no leilão para sua casa, segundo o inspetor-detetive da polícia, Tofilau Faamanuia Vaaelua.

Vários vizinhos da família relataram terem sentido um “cheiro horrível” emanando da propriedade antes da chegada da polícia, de acordo com o site de notícias local Stuff.

Um vizinho — ex-funcionário de um crematório — disse que o cheiro era imediatamente reconhecível.

“Eu soube imediatamente [que eram restos humanos] e pensei: ‘de onde vem isso?'” disse ele.

Outro vizinho disse que seu filho viu uma mala sendo descarregada de um container e levada pela polícia para uma tenda de análise forense erguida no local.

Imagens publicadas pelo Stuff mostram o container estacionado na entrada da casa, localizada em um subúrbio da capital, enquanto a polícia realizava suas investigações.

Autoridades policiais disseram que sua prioridade é “confirmar a identificação do falecido, para que possamos estabelecer todas as circunstâncias por trás da descoberta”.

Eles acrescentaram que, dada a “natureza da descoberta”, levaria tempo para que os parentes mais próximos da vítima fossem comunicados formalmente.

Fonte: Estado de Minas

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