Os candidatos a vagas em instituições públicas de ensino superior têm até sexta-feira para se inscrever em até duas opções de cursos. As inscrições são feitas pelo sistema informatizado no endereço www.sisu.mec.gov.br e estão abertas para quem já terminou o ensino médio, fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 e não zerou a prova de redação. O aluno deve ter em mãos o número de inscrição e a senha do Enem. Em 2018, são ofertadas 239.601 vagas e, ao todo, são 130 instituições federais e estaduais, 19 delas em Minas.

Os selecionados na primeira opção devem se matricular entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro. Os não selecionados para a primeira opção podem entrar em lista de espera, que estará disponível entre 2 e 7 de fevereiro, e fazer sua matrícula a partir do dia 9. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), é a ferramenta informatizada pelo qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem.

Algumas instituições de ensino adotam o critério de ações afirmativas reservando cotas. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai ofertar no Sisu mais de 6.300 vagas, metade reservada para políticas afirmativas. Diariamente, o Sisu vai divulgar a nota de corte para cada curso. Nota de corte é aquela para ficar entre os selecionados em um curso, tendo como base o número de vagas e o total de candidatos inscritos, servindo de monitoramento das inscrições.

Ao acessar o sistema, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções de curso, seja na mesma instituição ou em instituições diferentes. Funcionam como duas opções, inclusive, aqueles cursos da mesma graduação na mesma universidade, quando as aulas são em turnos diferentes.

Passado o exame, é hora das análises. Os resultados divulgados na última semana pelo MEC mostram que a educação básica anda a passos lentos. A principal avaliação do país constata um nível de conhecimento pela metade. As médias gerais das provas objetivas das áreas de conhecimento cobradas no teste não passaram de 519,3 pontos, de um total de mil. Fosse numa escola regular, onde normalmente se exige 60% da totalidade de pontos distribuídos para “passar de ano”, muita gente seria reprovada. Os treineiros, estudantes que ainda não se formaram no ensino médio, se destacam com as médias mais altas em todas as áreas. Para especialista, resultado de um lado e de outro escancara as deficiências no sistema nacional de ensino.

Reprovação

Na prova de códigos e linguagens, que envolve português, literatura e língua estrangeira, 92,5% dos alunos seriam reprovados. Esse percentual de participantes, que se traduz em 4,3 milhões de pessoas de um total de 4,7 milhões, alcançou menos de 600 pontos. A média geral desse teste foi 510,2, bem abaixo da do ano passado (520,5). Apenas uma pessoa no país inteiro obteve a pontuação máxima. Em ciências humanas, 82,7% dos participantes ficaram abaixo dos 600 pontos (3,8 milhões). A área teve a maior média geral entre as quatro objetivas: 519,3.

No segundo dia do Enem, quando 4,4 milhões de pessoas compareceram aos locais de prova, matemática daria bomba em 79,5% dos participantes com média inferior a 600 pontos. E o “bicho-papão” dos estudantes teve um salto e tanto, uma vez que a média geral passou de 489,5 pontos na edição de 2016 para 518,5 no ano passado. Já as matérias ligadas a biologia, química e física também não seriam complacentes, reprovando 87% de seus estudantes – um universo de 3,9 milhões de pessoas. Nessa área, também houve aumento da média geral: de 477,1 para 510,6. Com tantas deficiências, a redação não poderia ser diferente e também faria muitos alunos repetirem o ano: 70% ou pouco mais de 3 milhões. A média da escrita foi a maior de todas: 558 pontos.

 

Fonte: Estado de Minas||

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