Os resultados da análise laboratorial realizada pela Unilever confirmaram que o sabão em pó apreendido em um supermercado de Campo Belo, no Centro-Oeste de Minas, era falsificado. Os produtos foram apreendidos após denúncia no Procon Regional em janeiro deste ano.
Ao todo, a 3ª Promotoria de Justiça de Campo Belo recolheu 62 caixas de sabão em pó que estavam à venda no supermercado como se fossem da marca OMO. A fabricante da marca confirmou a adulteração por meio de laudos apresentados ao Ministério Público de Minas Gerais no dia 9 de maio.
Nele há a constatação de falsificação em seis lotes do produto. De acordo com o promotor de Justiça Carlos Eduardo Avanzini, a adulteração era imperceptível para o consumidor. “Se tratava de uma falsificação quase perfeita, até mesmo os fiscais do Procon-MG ficaram na dúvida sobre a autenticidade do sabão em pó”, afirma o promotor.
Os fiscais detectaram a fraude ao verificar o uso de cola quente para fechar a embalagem.
Nova fiscalização
Após as análises que comprovaram a falsificação, fiscais do Procon-MG fizeram uma nova operação de fiscalização em quase todos os supermercados de Campo Belo. Porém, não encontraram nenhum indício de adulteração.
Com base no resultado e considerando se tratar de uma grande rede de supermercados, o Ministério Público instaurou um procedimento investigatório criminal, além do processo administrativo, para apurar as responsabilidades penais das pessoas responsáveis.
Em janeiro deste ano, houve apreensões em outras lojas da rede, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro e também em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Ao todo, na época, o MPMG apreendeu 1,7 tonelada de sabão.
O que diz a Unilever
A Unilever afirmou, nesta sexta-feira (17), que a OMO está acompanhando de perto as investigações dos casos de falsificação de sabão em pó dos quais é vítima em cooperação com as autoridades policiais. “Neste caso, não está sendo diferente”, informou por meio de nota.
A fabricante também esclareceu que existem sinais que podem ajudar o consumidor a identificar casos suspeitos de falsificação. São eles:
- A qualidade do fechamento do cartucho;
- A cor, brilho e impressão: as embalagens produzidas em fábrica passam por controles que garantem o recebimento dos materiais conforme um padrão definido, portanto não é esperado uma variação significativa entre as embalagens;
- A codificação primária (data de fabricação, validade e lote): produções em fábrica são feitas através de gravação a laser de forma destacada;
- Cor, textura, perfume e performance do produto: padrão conforme o usual em comparação ao que o consumidor está acostumado a usar.
O consumidor pode relatar os casos suspeitos para análise e orientação entrando em contato com o SAC pelo através deste site.
Fonte: Estado de Minas