Uma equipe de limpeza da Prefeitura Municipal de Arcos encontrou nesta quarta-feira (8) uma sacola contendo mais de mil comprimidos. De acordo com as funcionárias, a sacola foi encontrada por volta das 5h30 na porta de um laboratório de análises, localizado próximo à Santa Casa.
Os medicamentos estavam em cartelas e alguns já haviam sido utilizados. A maior parte dos produtos estava dentro do prazo de validade.
Dentro da sacola estavam remédios de uso controlado, como o Parkinsol, utilizado para o tratamento do mal de parkinson e medicamentos de uso contínuo, como é o caso do Captopril, recomendado para o tratamento de pressão alta. O fiscal de posturas do município, Dhyego Alves compareceu ao local.
Durante o recolhimento do material, Dhyego Alves falou sobre as possíveis origens dos medicamentos. Eu não sei de onde esses remédios vieram, mas eu posso garantir que eles não foram descartados por nenhuma repartição pública de saúde. Todos os PSFs, a Fumusa, a Santa Casa, o Hospital Municipal São José participam de um programa da Prefeitura que recolhe semanalmente o lixo hospitalar das instituições, explicou
Após receber o material, o fiscal de posturas foi até a Vigilância Sanitária para comunicar o fato. Em seguida, a farmacêutica da Fumusa, Jaqueline Ribeiro Vilela disse que os medicamentos são provenientes da rede pública de saúde, mas não sabia especificar exatamente de onde.
A farmacêutica ainda afirmou que os remédios controlados encontrados na sacola só podem ser distribuídos com a apresentação de receita médica. Ainda segundo Jaqueline Ribeiro, a quantidade repassada a cada paciente nunca é maior do que será utilizado ao longo de um mês. Não fazemos ideia de quem possa ter realizado esse descarte, mas uma das possibilidades é que esses medicamentos pertenciam a alguma pessoa que faleceu, e a família sem saber o que fazer, deixou na porta da Santa Casa para se desfazer do material.
Jaqueline Ribeiro confeccionou um documento interno informando o fato e formalizando a entrega do material à Vigilância Sanitária. No total, haviam 1.080 comprimidos na sacola, sendo 360 de Parkinsol, 180 de Clopromazina, 480 de Haloperidol, 28 de Captopril, 30 de Losartana e 2 de Azitromicina.
De acordo com Dhyego Silva, os medicamentos ficarão sob a responsabilidade da Vigilância Sanitária, que os repassará para uma empresa de Divinópolis especializada no descarte de lixo hospitalar.
Riscos
A farmacêutica Jaqueline Ribeiro comentou o perigo do descarte irregular de medicamentos. Ainda bem que esses remédios foram encontrados por adultos. Se esse material fosse achado por crianças, e elas o tivessem ingerido, esse descarte poderia ter causado até mortes, ressaltou.
O fiscal Dhyego Silva fez recomendações sobre o modo correto de descarte desse tipo de material. As empresas da área de saúde que querem participar do programa da Prefeitura que faz o recolhimento de lixo hospitalar, devem se cadastrar junto ao Executivo e atender as especificações do projeto. Já aqueles que precisam fazer o descarte de medicamentos, podem deixar o material na unidade de saúde mais próxima que ele será recolhido pela Vigilância Sanitária. Mas é preciso que esse medicamento seja entregue na mão de algum funcionário, para que ele possa ter o destino adequado, finalizou.

COMPATILHAR: