Na tarde de segunda-feira (10), a Secretaria de Saúde, por meio da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Formiga enviou nota à imprensa a respeito da morte de Junio Cesar da Rocha, de 23 anos. O jovem faleceu na noite de sábado (8), após ficar mais de 12 horas entre o atendimento no Pronto Atendimento Municipal (Pam) e na Santa Casa, quando os procedimentos necessários para salvar a vida dele não foram feitos em tempo hábil, nem pelos profissionais adequados/escalados.
De acordo com a administração, as ações que culminaram na morte do jovem foram de responsabilidade total da Santa Casa, uma vez que no Pam, todas as medidas foram tomadas a contento. Porém, durante a reunião de segunda-feira (11) na Câmara, o líder do governo na Casa, vereador Zezinho Gaiola, em sua fala discordou desse posicionamento. Ele afirmou que além do cirurgião que estava escalado para o plantão e não compareceu, o prefeito Moacir Ribeiro, a secretária de Saúde Maria Inês Macedo e o provedor da Santa Casa Geraldo Couto também são culpados pela morte do jovem. Além dos outros vereadores, Zezinho também esteve no Ministério Público e ainda assinou a ata da reunião.
Durante reunião junto ao Ministério Público, uma tia do jovem, chamada Inês, que o acompanhou durante todo o ?calvário?, também discordou da posição da Prefeitura, afirmando que no Pam nada havia sido feito em favor do jovem que, por horas permaneceu com dores (causadas pela hemorragia no baço), sem que sequer tentassem encontrar o motivo das mesmas por meio de exames mais detalhados e que ao passa-lo para Santa Casa, apesar da falta do cirurgião, a equipe presente fez todo o possível para salvá-lo.
Confira, na integra, a nota da Prefeitura:
?A Secretaria Municipal de Saúde considera que, da parte do PAM (Pronto-Atendimento Municipal), o atendimento ao paciente Júnior César da Rocha seguiu todas as normas e protocolos existentes. Diante da urgência do caso, toda a equipe se mobilizou e prestou os atendimentos de urgência necessários no prazo adequado. No momento em que a Santa Casa de Caridade foi acionada, a informação passada pelo hospital foi de que não havia cirurgião disponível.
A Prefeitura de Formiga paga à Santa Casa R$ 134 mil por mês para manter médicos plantonistas (clínicos gerais) no Pronto-Atendimento Municipal. Além disso, paga R$ 108 mil por mês para que a Santa Casa mantenha disponíveis médicos nas seguintes especialidades: cirurgião; obstetra; pediatra e clínica médica. Somando-se estes e outros valores que a Prefeitura paga à Santa Casa referentes a convênios, chega-se a R$ 3,2 milhões por ano.
Devido a falhas no cumprimento desses convênios, a Prefeitura já notificou a Santa Casa pelo menos quatro vezes, além de ter feito advertência por escrito. Já informou ainda toda a situação ao Ministério Público.
A Prefeitura estuda outras medidas cabíveis, inclusive jurídicas, e continuará fazendo de tudo ao seu alcance para garantir o adequado atendimento à população.
A Administração Municipal externa seu pesar à família e se coloca à disposição dos familiares para mais esclarecimentos?.

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