O secretário de Gestão Ambiental, Paulo Coelho, esteve na Câmara Municipal na reunião de segunda-feira (18), quando fez uso da ?Tribuna do Povo? para falar sobre o atual trabalho da Associação dos Recicladores de Formiga (Recifor).
Paulo Coelho esteve na Câmara para esclarecer um equívoco que foi transmitido pela TV e por uma emissora de rádio. ?A Recifor é uma entidade que está ?gritando?, pedindo socorro. Mas não cabe a mim, secretário de Meio Ambiente, dar este socorro, quero deixar isso bem claro. Os meus interesses são antagônicos aos interesses da Recifor. Os meus são de que tiremos do lixo o máximo de lixo reciclável, para aumentar a vida útil do Aterro Sanitário, para melhorar o meio ambiente, enquanto que o interesse da associação é retirar só aquilo que está dando dinheiro. Papel está dando mais dinheiro, tira papel, garrafa está dando mais dinheiro, tira garrafa.
O secretário contou que o Aterro Sanitário de Formiga passou por três fiscalizações importantes, semestrais, pela Fundação Israel Pinheiro. A última ocorreu no dia 22 de março de 2011. ?Tudo beleza, só que no finalzinho, foi realizada uma visita técnica ao galpão de triagem e reciclagem de resíduos instalado no aterro, cujas atividades operacionais necessitam de melhorias gerenciais, bem como nos aspectos de organização e limpeza. Recebi uma carta do Chico [Francisco Carlos da Silva, presidente da Recifor] está à disposição dos senhores, em que ele declara que não tem condições de gerir aquilo, e eu tenho uma obrigação com alguns órgãos?.
Na semana passada, durante a reunião na Câmara, o vereador José Gilmar Furtado (Mazinho/DEM) disse que o irmão do prefeito Aluísio Veloso/PT estava trabalhando como gerente da Recifor e que receberia por isso.
Nesta semana, o secretário explicou sobre o assunto: ?Aí falei para o Chico que tínhamos que colocar alguém, um engenheiro ambiental ou alguém de formação superior que possa assinar essa responsabilidade técnica, que não cabe a nós. A associação não pertence ao município. Chamei então o senhor Jaime Veloso da Cunha, que não tem culpa nenhuma de ser irmão do prefeito, que é um engenheiro ambiental formado, de competência conhecida, que já trabalhou em várias empresas e com capacidade. Aí eu disse a ele: vai para lá e faz um levantamento para mim, se não isso vai estourar na minha mão. O pessoa, que chegou a tirar R$ 500 e poucos, em seguida caiu para R$300, e depois foi para R$700. Com o levantamento que o Jaime fez, ele deu uma arrumada na casa, de graça. Eu desafio qualquer pessoa a dizer que o Jaime foi para lá para receber, ele foi como voluntário?. contou Paulo Coelho.
O secretário explicou que o assunto chegou na Câmara de outra maneira. ?Não sei como, mas eu me senti na obrigação em dizer que isso não é verdade e colocar o documento à disposição dos senhores. Precisamos ter um responsável técnico. O que não pode é ficar sem engenheiro ambiental lá, se não o ICMS Ecológico não vem para o município. Na sexta-feira passada (15) eu levei a promotora e o promotor responsável pela parte de dinheiro público até o Aterro Sanitário. Eles detectaram tudo e vão tomar as providências que devem, pois o Ministério Público está muito preocupado com o aterro. Toda a documentação está disponível para os senhores?.
Mazinho agradeceu a presença do secretário, disse que tirou suas dúvidas sobre a Recifor e solicitou que o presidente da associação esteja na Câmara para que explique também a sua versão.

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