O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta sexta-feira (25) adiar os depoimentos previstos para a próxima segunda-feira (28) relacionados a processo da Operação Lava Jato em razão das dificuldades de transporte motivada pela paralisação dos caminhoneiros.
Entre os 13 depoentes, estava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que iria falar sobre o caso do sítio de Atibaia, no qual é acusado pelo Ministério Público Federal de receber a como propina das construtoras Odebrecht e OAS a reforma da propriedade, no valor de mais de R$ 1 milhão. Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente.
Seria a primeira vez que Lula deixaria a prisão na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde cumpre pena desde 7 de abril.
“O deslocamento entre as cidades e mesmo dentro delas tem sido prejudicado, com afetação dos serviços públicos e inclusive de prestação de Justiça”, escreveu Moro na decisão.
Segundo o juiz, “considerando a incerteza em relação aos próximos dias, é o caso de, por prudência, suspender as audiências do dia 28/05/2018 e, oportunamento, redesigná-las”.
Além de Lula, seriam ouvidos na segunda-feira os seguintes réus:
- Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht
- José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS
- José Carlos Bumlai, pecuarista
- Agenor Franklin Medeiros, ex-executivo da OAS
- Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor especial da Presidência
- Emílio Odebrecht, dono da construtora Odebrecht
- Alexandrino de Alencar, ex-executivo da Odebrecht
- Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht
- Emyr Diniz Costa Junior, engenheiro da Odebrecht
- Roberto Teixeira, advogado de Lula: lavagem de dinheiro
- Fernando Bittar, empresário, sócio de um dos filhos de Lula
- Paulo Gordilho, engenheiro da OAS
Fonte: G1||