O município de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, confirmou sete casos de intoxicação causados pela planta tóxica Nicotiana glauca, conhecida popularmente como “falsa couve” ou “couve venenosa”. O anúncio foi feito pelo prefeito Sérgio Moreira na quinta-feira (15), por meio das redes sociais.

Santa Vitória, com cerca de 20 mil habitantes, fica a aproximadamente 360 km de Patrocínio, cidade onde quatro pessoas também foram intoxicadas após o consumo da mesma planta no dia 8 de outubro. Uma das vítimas, uma mulher de 37 anos, morreu; um homem teve alta, e outras duas permanecem internadas.

Segundo o prefeito Sérgio Moreira, os sete moradores intoxicados em Santa Vitória já se recuperaram e estão em casa. “Falsa couve, também conhecida como fumo-bravo, tem feito vítimas aqui em Santa Vitória também. Até agora, já temos sete casos confirmados e suspeitamos que muitas pessoas possam cultivar essa planta altamente tóxica em casa”, disse.

Das sete vítimas, quatro pertencem à mesma família. Os sintomas surgiram após um parente levar a planta para casa e prepará-la para consumo. Após a ingestão, os familiares apresentaram vômito, diarreia, dificuldade para respirar, perda de força e problemas de visão.

Diante do ocorrido, o prefeito fez um apelo à população. “Evitem o consumo ou o seu cultivo. Não façam a sua ingestão como alimento nem como chá. Há risco de intoxicação grave e até mesmo risco de morte!”, alertou em publicação. Ele ainda pediu: “acabem com tudo”, referindo-se à necessidade de eliminar o cultivo da planta na cidade.

A Nicotiana glauca é uma planta da mesma família da Nicotiana tabacum, conhecida como folha do fumo. Segundo informações da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), a substância presente na falsa couve, chamada anabasina, é cerca de cinco vezes mais potente que a nicotina.

A ingestão da planta pode provocar sintomas graves de intoxicação, como vômito, mal-estar, perda dos movimentos das pernas e, em casos mais severos, parada respiratória. A planta pode ser encontrada em várias regiões de Minas Gerais, o que aumenta o risco de contaminação por engano, especialmente quando confundida com hortaliças comuns como a couve.

Com informações do Hoje em Dia

 

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