O Natal já passou e agora muitos moradores e turistas buscam novos destinos para o fim de semana de réveillon. No país, não faltam opções para as tradicionais queimas de fogos e shows da virada. Mas muitos turistas preferem fugir das festas no fim do ano e procurar destinos próximos da natureza ou cheios de espiritualidade para se preparar para uma nova fase. Confira seis destinos alternativos para o fim de ano no Sul de Minas.

 Carrancas
Ecoturismo. Essa talvez seja a palavra-chave para quem optar por Carrancas neste fim de ano. A apenas 66 km de Lavras, a cidade conta com hotéis, chalés e pousadas para todos os gostos, mas tem nos passeios a céu aberto sua principal atração, com diversos complexos de cachoeiras e trilhas.

A cidade, no entanto, não se resume à natureza. Uma opção de visita é a Estação Carrancas (a 20 km da cidade), que mostra um pouco da história da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas (Efom), que começou a ser construída em 1888. Há também a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Porto do Saco, ou simplesmente Capela do Saco, que teria sido construída no início do século 18.

Carrancas também está localizada na Estrada Real, antiga rota que ligava Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ) para a comercialização do ouro extraído em terras mineiras. A cidade fica na parte do roteiro conhecida como Caminho Velho, que foi a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa e conta também com cidades como São João del-Rei e Tiradentes.

Monte Verde
Destino já carimbado no inverno, o distrito Monte Verde, em Camanducaia, se transforma em reduto para quem quer tranquilidade e esportes radicais no fim do ano. O clima ameno contribui para caminhadas pela Serra da Mantiqueira sem o cansaço consequente do calor intenso, e ainda com uma leve brisa para aliviar os trajetos mais difíceis. A trilha mais percorrida pelos turistas é a que segue até a Pedra Redonda, com quase dois mil metros de altitude.

No verão, as pousadas costumam fechar pacotes de três dias a uma semana e oferecer atrações como passeio de cavalo, piscinas (muitas cobertas por causa do clima fresco), quadras esportivas, áreas de lazer para as crianças (principalmente para famílias que viajam com os filhos nas férias), terapias alternativas e até pista de patinação no gelo.

O distrito tem ainda uma fazenda onde é possível percorrer trilhas de até 10 km com quadriciclos, e a lama que se acumula com as chuvas de verão dão um toque especial aos mais aventureiros. Na Mega Tirolesa, a emoção está em “sobrevoar” 925 metros de ida e volta sobre os pinheiros de Monte Verde, a uma altura de 65 e 75 metros de altura, ida e volta respectivamente. Há ainda escalada e circuito de arvorismo de 110 metros.

Claraval
Na pequena cidade de Claraval, com quase 5 mil habitantes, fica um dos destinos mais ligados à espiritualidade no Sul de Minas. O Mosteiro Nossa Senhora do Divino Espírito Santo, que ficou depois conhecido como Mosteiro de Claraval, foi fundado por monges italianos no início da década de 50 e reúne fiéis durante todo o ano.

O local conta ainda com a Casa de Retiro São José, que oferece palestras, debates e estudos religiosos. Além disso, há também uma loja que conta com produtos fabricados no próprio mosteiro, como licores, padaria e diversos outros itens.

As visitas podem ser feitas diariamente, das 8h às 11h e das 13h às 18h. Já a Casa de Retiro tem capacidade para até 120 pessoas, em grupos ou visitas individuais. A hospedagem precisa ser marcada antecipadamente.

Aiuruoca
Se a ideia é aproveitar o ar revigorante da natureza, Aiuruoca é uma boa opção. A cidade, localizada “nas curvas” da Serra da Mantiqueira, tem mais de 40 cachoeiras e as montanhas conduzem a 12 picos. O principal deles é o Pico do Papagaio, que chega a uma altitude de 2.100 metros. A caminhada para chegar ao cume leva 7 horas de duração (ida e volta), o que exige preparo físico, mas quem conseguir chegar ao topo pode aproveitar uma visão de 360 graus.

A cidade ainda tem outros roteiros menos radicais, como o Vale dos Garcias, indicado para famílias e pessoas da terceira idade. O caminho passa pelo Poço do Joaquim Bernardo, e as cachoeiras do Tiziu, da Esperança, Prainha e a Cachoeira dos Garcias, que dá nome ao roteiro. Outra opção é a Cachoeira Deus me Livre, com três quedas d’água de 15 metros de altura cada. Duas delas permitem a prática de canionismo.

Quem busca espiritualidade, pode se hospedar no Vale do Matutu. A comunidade oferece alimentação vegetariana e culinária mineira. No local, é possível visitar quatro cachoeiras, além de trilhas de bicicleta e a cavalo, arvorismo, terapias alternativas e massagens.

Guapé
O Parque Ecológico do Paredão fica em Guapé e também é uma opção para quem busca uma virada de Ano Novo mais perto da natureza. São três cachoeiras, paredões para escalada e rapel, trilhas e piscinas naturais.

A cidade conta com diversos tipos de hotéis e pousadas para quem busca mais conforto, mas o parque também oferece um camping bem estruturado, com pontos de energia elétrica, banheiros, quiosques com diferentes faixas de preço para utilização e um restaurante aberto aos visitantes.

O paredão fica um pouco afastado da cidade e o acesso é feito por uma estrada com trechos de terra. A entrada no parque custa R$ 10 por pessoa.

Rotas no extremo de Minas

Outra opção para quem está em busca de natureza é Extrema, localizada bem na divisa de Minas Gerais com o Estado de São Paulo. Os roteiros na cidade são divididos em cinco rotas, que têm como símbolo a Rosa dos Ventos. A Rota das Águas leva ao Parque Municipal da Cachoeira do Salto e ao Pico do Lobo Guará, área bastante frequentada para quem quer fazer voos livres. Na Prainha, há tanque de tilápias para quem gosta de pescar e um restaurante para aproveitar a culinária mineira.

A Rota das Rosas leva ao Parque Municipal da Cachoeira do Jaguari. Gratuito e com entrada permitida a animais, o parque é também destino para os praticantes do rafting. O roteiro tem ainda diversos tipos de artesanatos, restaurantes, lanchonetes, hotéis e pousadas, e o Santuário de Santa Rita de Extrema, onde se encontram 30 obras em latão martelado de Alfredo Mucci.

Nas rotas da Pedra e do Sol, o visitante tem a oportunidade de conhecer outros tipos de paisagem e desfrutar de variados serviços oferecidos pelo caminho por restaurantes e pousadas. Na Rota dos Ventos, as pedras gigantes e o Parque Ecológico do Pico dos Cabritos são os atrativos, especialmente para a prática de rapel, trilha e voo livre.

 

 

Fonte: G1 ||http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2016/12/seis-destinos-alternativos-para-passar-o-fim-de-ano-no-sul-de-minas.html

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